A construtora responsável pelo condomínio Viva Mais, no Jardim Belval, em Barueri, afirma que as rachaduras que fizeram a Defesa Civil do município evacuar um dos prédios do empreendimento, com mais de 200 moradores, no domingo (25), não decorrem de falhas na construção.
“A obra seguiu todos os melhores procedimentos em termos de técnicas e materiais, contando com profissionais altamente qualificados”, afirma a Itaquiti Empreendimentos Imobiliários, sócia da Construtora Altana, em nota enviada à imprensa nesta terça-feira (27).
No domingo, moradores ouviram estalos e rachaduras no prédio aumentaram, com dilatações pela parede e teto de alguns andares. Em seguida, Defesa Civil interditou edifício.
A empresa declara que ofereceu hospedagem aos moradores afetados pela interdição e que tem atuado junto ao condomínio e à Prefeitura de Barueri para identificar e solucionar o problema que, avalia, pode ter sido causada por fatores externos, como uma obra vizinha.
A Itaquiti afirma ainda que, em análises técnicas, não foi constatado risco estrutural no edifício. “Entendemos não haver indícios de riscos iminentes à segurança das pessoas nem da edificação (…) Ressaltamos que não acreditamos haver colapso estrutural e que a movimentação não decorreu de vício construtivo”.
Confira a íntegra da nota da Itaquiti Empreendimentos Imobiliários, sócia da Construtora Altana, sobre a Torre 6 do condomínio Viva Mais, em Barueri:
“Em continuidade às comunicações sobre os transtornos enfrentados pelos moradores da Torre 6 do Viva Mais Barueri Condomínio Clube, a Itaquiti Empreendimentos Imobiliários Ltda., sociedade de propósito específico da qual figura como sócia a Construtora Altana Ltda., reforça que tem trabalhado com foco na segurança e conforto desses moradores acima de qualquer outro interesse.
Entende ser necessário pontuar alguns aspectos anteriores ao fato atual, tais como:
– A Itaquiti sempre realizou os ajustes necessário dentro da garantia da obra e refez por conta própria o serviço da junta de dilatação da Torre 6. Tal serviço possivelmente não seria necessário caso a devida manutenção tivesse sido feita pelo condomínio no prazo correto.
– Foi constatada uma movimentação excepcional ao longo da junta de dilatação da Torre 6. O mesmo ocorreu em um trecho do estacionamento, que é uma estrutura à parte, sem interface direta com a estrutura da torre em questão. Não foram constatadas rachaduras nos apartamentos e/ou pilares que pudessem indicar risco estrutural. Ou seja, entendemos não haver indícios de riscos iminentes à segurança das pessoas nem da edificação.
– A Itaquiti informou previamente o condomínio sobre a movimentação do solo que se apresentava e sobre a possível causa estar na obra em andamento no terreno lindeiro à Torre 06.
– Análises preliminares realizadas por engenheiros contratados pela Itaquiti apontam inexistência de problemas estruturais e que a possível causa da rachadura na junta de dilatação seja movimentação atípica do solo.
– Embora as vistorias técnicas não tenham sido concluídas, considerando o sistema construtivo utilizado, ressaltamos que não acreditamos haver colapso estrutural e que a movimentação não decorreu de vício construtivo.
– A Itaquiti não tem conhecimento de qualquer Boletim de Ocorrência efetuado pelo Condomínio, relacionado a essa questão.
– A Itaquiti por diversas vezes instou o condomínio, de forma verbal e também por escrito, a proceder às manutenções preventivas preconizadas no manual de uso e operação das áreas comuns do empreendimento e previstas na NBR 5674.
Para isso, além de ter oferecido hospedagem a todos os moradores da Torre 6 desde domingo passado até dia 5 de maio, mesmo sem notificação formal ou orientação da Defesa Civil, tomou as seguintes iniciativas do início da manhã de hoje até o momento:
– Enviou Notificação à Defesa Civil e à Secretaria de Obras do município de Barueri (SP), pontuando dados apurados em visita técnica ao local, como a remoção de base do talude do lote vizinho em obras, que faz divisa com o terreno do empreendimento no trecho onde se situa a torre afetada. Este fato pode ter potencialmente alguma relação com as movimentações de solo apresentadas e será alvo de profunda averiguação.
– Protocolou junto a Prefeitura de Barueri solicitação para suspensão temporária da obra no terreno ao lado até laudo que ateste, ou não, sua segurança e ausência de impacto no solo do Viva Mais Barueri Condomínio Clube.
– Uma equipe altamente especializada iniciou na manhã de hoje novos estudos e sondagens do solo para detalhamento e diagnóstico das condições atuais e orientação de providências adequadas para solução do problema.
– Tão logo sejam apontadas as causas e determinada a solução técnica para sua correção, a Itaquiti tomará de imediato as providências cabíveis.
A empresa continua empenhada em descobrir as causas do problema em questão, direcionar soluções e garantir a segurança de todas as pessoas envolvidas. Reforça que a obra seguiu todos os melhores procedimentos em termos de técnicas e materiais, contando com profissionais altamente qualificados contratados pela construtora em questão.
Assim que tiver mais informações, a Itaquiti se compromete a compartilhar com os interessados”.