A Câmara Municipal de São Paulo realizou, na noite de sexta-feira (22), a primeira edição do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos, que valoriza defensores dos direitos humanos na luta contra a violência e o preconceito, e a autonomia e liderança de mulheres nesses movimentos. O prêmio foi entregue à Zilda Maria, conhecida como Dona Zilda, Mãe de Osasco.
Dona Zilda é líder do Movimento de Mães de Vítimas da Chacina de Osasco e Barueri, ocorrida em 2015, e luta por justiça após a perda do único filho, Fernando Luiz de Paula. Após o crime, que ficou conhecido como uma das maiores chacinas do estado, Dona Zilda se uniu a outras mães, organizando reuniões e manifestações cobrando a responsabilização das mortes e solidarizando com as famílias vítimas da violência.
“Essa luta não é só pela morte dos meninos [assassinados no massacre], mas sim pela divisão prisional e pela divisão do racismo”, declarou Dona Zilda, na ocasião. “Só tenho que agradecer: muito obrigada, muito obrigada e muito obrigada”, completou a Mãe de Osasco.
Também no evento, Regina Maria Manoel e Roberta da Silva receberam menção honrosa. Ambas foram homenageadas por ações voltadas às pessoas que vivem em vulnerabilidade social e no enfrentamento à violência de gênero.
Prêmio Marielle Franco
A premiação foi criada pela ex-vereadora e atual deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Depois, Luana Alves, do mesmo partido, assinou a co-autoria e buscou a aprovação na Casa Legislativa.
“Ela [Marielle] é símbolo do que significa lutar pelos direitos humanos deste país”, destacou a vereadora Luana. “Esse prêmio também significa alçar a Marielle ao seu lugar da história que lhe é de direito. Para nós, a primeira edição deste prêmio é muito especial”.