A Ecorodovias venceu o leilão para a concessão do projeto Nova Raposo Tavares, assumindo a gestão de 92 km de rodovias (trechos das rodovias Raposo Tavares, Castelo Branco e Coronel PM Nelson Tranchesi, além de vias entre Cotia e Embu das Artes) pelos próximos 30 anos. O projeto prevê investimentos de aproximadamente R$ 2,19 bilhões como outorga.
Em Itapevi, o prefeito Igor Soares e o prefeito eleito Marcos Godoy comemoraram a vitória, destacando benefícios para a cidade, como a construção de um viaduto e melhorias na rotatória da Cohab, obras na SP-29 e na Estrada da Roselândia, um novo acesso ao Distrito Industrial, dois novos trevos e a ampliação da ponte de Ambuitá. A redução da tarifa do pedágio do km 33 da Castelo Branco para R$ 4,80 também foi celebrada.
Maioria da população é contra
Por outro lado, a implantação de novos pedágios tem gerado protestos da população, que temem o aumento dos custos e os impactos ambientais do projeto.
Pesquisa sobre o projeto Nova Raposo Tavares, realizada pelo movimento “Nova Raposo, Não!”, indica que 63% dos entrevistados em Cotia, Vargem Grande Paulista e bairros paulistanos (Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia) desconhecem o projeto. Entre os que conhecem, 69% esperam impactos negativos, principalmente ambientais (30%), seguidos de impactos financeiros (20%) e no trânsito (23%). O levantamento quantitativo, feito por ligações automatizadas (URA), ouviu 806 pessoas em outubro de 2024. O levantamento indica ainda que a maioria (49%) prefere transporte público de massa como alternativa ao projeto Nova Raposo, enquanto 67% acreditam que a obra agravará a crise climática. A pesquisa, protocolada no Ministério Público de São Paulo, foi realizada em outubro de 2024.
