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“Ele foi liberado antes do corpo do meu irmão”, desabafa irmã de osasquense que morreu carbonizado na Bandeirantes

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Reprodução/TV Globo

Ana Paula Stoian, irmã de Alexandre Stoian, comissário de bordo morador de Osasco que morreu carbonizado, aos 43 anos, na Avenida dos Bandeirantes, na madrugada de sexta-feira, 14, desabafou nesta segunda-feira, 17, após a soltura de Artur Falcão Sfoggia, motorista do carro que provocou o acidente.

Sfoggia teria consumido bebidas alcoólicas antes do acidente e dirigia em alta velocidade. Ficou detido até sábado, mas foi liberado após conseguir um alvará de soltura.

Ele deve ser indiciado por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e vai aguardar as investigações em liberdade.

O corpo de Alexandre será velado e enterrado na tarde desta segunda, no cemitério do Bela Vista, em Osasco.

Ana Paula escreveu em seu perfil no Facebook:

“Ele [ Artur Falcão Sfoggia] foi liberado antes mesmo do corpo do meu irmão! Hoje eu acordo com essa notícia! Está difícil acordar ultimamente, cada dia fico mais angustiada. Estou com um misto de raiva, angústia e impotência.
Toda hora me vejo pensando nesse caso, como um todo, e se ele fosse em outro país, nós falaríamos de perpétua ou até pena de morte, mas no nosso país, ao qual sempre tive orgulho, o cara saiu antes mesmo que o IML liberar o corpo da vítima.
Como ensinar para nossos filhos que não se pode fazer errado se a sociedade mostra a impunidade, só pela lei de Deus mesmo poderemos contar.
Me desculpem desabafar mais um pouco aqui… mas é que a dor está sendo tão insuportável que estou procurando meios para me fortalecer”. 

O acidente

 

Alexandre Stoian

O acidente que matou Alexandre aconteceu por volta das 3h40 de sexta-feira, 14. Ele e a esposa estavam a caminho do aeroporto de Congonhas quando o carro que ocupavam foi atingido na traseira pelo veículo dirigido por Artur Falcão Sfoggia.

Com o impacto, o carro de Alexandre, que estava ao volante, pegou fogo. A esposa dele conseguiu sair pela janela do veículo, mas ele havia desmaiado com a batida e ela não conseguiu resgatá-lo.

O motorista do carro que causou o acidente e o primo dele deixaram o local a pé e sem prestar socorro, segundo testemunhas.