O tema que se transformou na manchete desta edição do Visão Oeste apareceu algumas horas antes no site do jornal. Em pouco mais de 5 horas já havia alcançado 8 mil pessoas, gerado quase uma centena de compartilhamentos e vários comentários. A maioria registrando a expectativa dos usuários por melhoria no atendimento no Hospital Central Antonio Giglio
O aspecto mais visível da novidade é o estabelecimento de uma relação diferente do poder público com os profissionais da unidade, em especial quanto ao cumprimento dos plantões médicos. Torna-se muito mais de cobrança e fiscalização por parte da administração municipal sobre o cumprimento de um contrato com a organização social que passa gerenciar o atendimento (a Fundação do ABC). Não mais a pressão individual sobre os médicos, por exemplo.
“Será fundamental acompanhar de perto, criar métricas eficientes de auditoria”
Municípios vizinhos, como Itapevi e sua recente “fuga de médicos” após a exigência de ponto biométrico, já mostraram quão complicada pode ficar a relação direta.
Num momento em que a sociedade discute intensamente a questão da terceirização, a mudança de sistema traz algumas preocupações de ordem jurídica quanto à manutenção de direitos e garantias dos profissionais contratados pela nova gestora. Mas superado esse receio, o fato de a contratante direta não ser mais a Prefeitura deverá trazer outro reflexo positivo imediato: os servidores efetivos poderão reforçar outras unidades de saúde.
A reação otimista da população só reforça o tamanho da responsabilidade da gestão Jorge Lapas em fazer a medida funcionar. E será fundamental neste processo acompanhar tudo bem de perto, criar métricas eficientes de auditoria de recursos e resultados, além da fiscalização estrita do cumprimento do contrato.