O iFood, sediado em Osasco, comunicou nesta terça-feira (29) que realizará um reajuste na taxa mínima paga aos entregadores por cada rota realizada. A medida, que entrará em vigor a partir de 1º de junho, ocorre cerca de um mês após uma greve nacional da categoria e estabelece novos valores base, diferenciados conforme o meio de transporte utilizado.
A taxa mínima atual, de R$ 6,50, passará para R$ 7,00 para os entregadores que utilizam bicicleta, representando um aumento de 7,7%.
Já para aqueles que realizam entregas de moto ou carro, o valor subirá para R$ 7,50, um reajuste de 15,4%. A empresa destaca que ambos os percentuais são superiores à inflação acumulada em 2024, medida em 4,8% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Segundo o iFood, a diferenciação nos valores busca maior equilíbrio e justiça na remuneração, considerando que veículos motorizados acarretam maiores despesas com manutenção e combustível em comparação às bicicletas. Para atender às demandas dos ciclistas, a empresa informou que já vinha ajustando o limite de quilometragem das rotas desde janeiro, padronizando-as atualmente em até 4 km (com exceções pontuais).
A plataforma ressaltou que os reajustes acumulados desde 2021 (quando a taxa mínima era R$ 5,31) atingem 41,2% para entregadores motorizados e 31,8% para ciclistas, superando a inflação de 29,3% (INPC) no mesmo período. A empresa afirma que esse ganho acumulado compensa a perda de poder aquisitivo da categoria e supera o aumento de preços em setores que impactam o orçamento dos entregadores.

Além do reajuste na taxa mínima, o iFood anunciou a ampliação da cobertura gratuita do seguro pessoal para os entregadores em casos mais graves, podendo chegar a R$ 120 mil.
“Estamos sempre ouvindo nossos entregadores e buscando entender suas necessidades para oferecer soluções reais que impactem positivamente seu trabalho. Este novo pacote é resultado direto desse diálogo, com o objetivo de aumentar seus ganhos e garantir que sua experiência na plataforma seja cada vez melhor”, afirmou Johnny Borges, diretor de Impacto Social da gigante sediada em Osasco.
O iFood garantiu que o reajuste não será repassado aos consumidores.