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Indiciado, Bolsonaro critica ministro Alexandre de Moraes: “Faz tudo o que não diz a lei”

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bolsoaro alexandre de moraes
Fotos: Gustavo Moreno/STF/Marcos Corrêa/PR

Depois de ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento em um plano golpista para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e afirmou que aguardará a análise de seu advogado sobre o indiciamento.

“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, acusou o ex-presidente nesta quinta-feira (21), ao compartilhar na rede social X trechos de uma entrevista ao portal “Metrópoles”.

O indiciamento de Bolsonaro faz parte de um inquérito da PF que investiga a atuação de uma organização criminosa que teria agido para impedir a posse de Lula e Alckmin em 2022. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta”,

Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Entre os indiciados estão figuras proeminentes do governo Bolsonaro, como o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do GSI Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o presidente do PL Valdemar Costa Neto, o ex-ministro Walter Braga Netto.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao STF. A notícia do indiciamento chega poucos dias após a PF deflagrar uma operação que prendeu militares suspeitos de planejar o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. De acordo com a CNN, o inquérito cita que Bolsonaro “tinha pleno conhecimento” do suposto plano para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.