A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e tornou réu Matheus de Camargo Pinto por tortura e morte de Jarmo Celestino de Santana, que estava sob os cuidados de uma comunidade trapêutica de reabilitação para dependentes químicos, em Cotia. O caso aconteceu há um mês.
A denúncia apresentada pelo promotor Filipe Viana de Santa Rosa foi aceita na última sexta-feira (2). A pena para caso de morte sob tortura é de 8 a 16 anos de reclusão.
Jarmo foi visto com vida pela última vez no dia 5 de julho, dia em que chegou à clínica, em uma gravação feita por Matheus, segundo a polícia. De acordo com o MP, já sob os cuidados do monitor, a vítima “apresentou sinais de abstinência do uso de entorpecentes quando recebeu socos em toda a extensão de seu corpo”.
“De acordo com exame necroscópico, as agressões praticadas pelo réu causaram a morte da vítima”, declarou também o Ministério Público, confirmando o entendimento da Polícia Civil de Cotia, de que Jarmo morreu em decorrência das torturas.