relacionado ao problemático hospital / Foto: Eduardo Metroviche
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio dos bens de três médicos da rede municipal de saúde em Jandira suspeitos de participarem de um esquema de fraude na prefeitura. A determinação da Justiça também alcançou o ex-secretário de Saúde, David Rosa Filho.
O caso, investigado pelo Ministério Público (MP) desde 2015, envolve a suspeita de que pelo menos 40 médicos recebem salário integral do município sem prestar a carga horária de serviço estabelecida no contrato.
A Ação Civil Pública do MP determinou o bloqueio de bens até o valor de R$ 34.687,51 dos médicos Rodrigo Ribeiro Rocha e Pâmela Priscila Navia; R$ 45.504,67 do médico Juan Bautista Meza Sanches; e R$ 114.879,69 do ex-secretario d e Saúde David Rosa Filho.
De acordo com as investigações, o esquema pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 114 mil aos cofres municipais e a ação na Justiça também pede que os acusados devolvam o valor ao município.
“Vemos a saúde em Jandira na UTI e pessoas brincando com a vida dos moradores”, disse o vereador Reginaldo Camilo dos Santos, conhecido como Zezinho (PT). Ele pediu a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal no ano passado, mas que foi rejeitada. “A Câmara, por força da base governista do prefeito, perdeu a chance de fazer o seu papel de investigar o Executivo”.
Profissionais demitidos
Em sua conta no Facebook, o prefeito de Jandira Geraldo Teotônio, o Gê (PV), disse que os médicos foram desligados assim que o caso veio a público, através de uma reportagem denúncia da Rede Record, e que a emissora “errou quando falou que o juiz me responsabilizou”, pois a decisão do juiz não o afeta porque “não há provas contra o prefeito”.
“Na verdade o juiz deixa claro que não existem provas contra mim. Assim como todos os jandirenses, fiquei indignado com o que os médicos fizeram, por isso foram desligados imediatamente”.