O padre que foi libertado de um cativeiro, no Centro de Osasco, na manhã desta quinta-feira (23), relatou os momentos de terror que viveu enquanto esteve nas mãos dos sequestradores. “Foram 24 horas sem saber onde eu estava”, contou.
As declarações foram feitas à reportagem do SBT, na qual pediu para não ser identificado. “Foi muito rápido, só pediram: ‘sai, sai!’. Foram entrando no carro, me jogaram no banco de trás e a partir daquele momento não vi mais nada”, relatou a vítima sequestrada na noite de terça-feira (21), na região do Ceasa, zona oeste de São Paulo.
O padre disse que saiu de uma reunião e foi comprar um lanche quando foi surpreendido pelos criminosos, por volta das 20h. Ele contou que estranhou a forma como foi abordado: “Chegaram me chamando de pastor”. “Depois que pegaram meu celular, ficaram mexendo no meu WhatsApp, viram que eu era um padre e começaram a me chamar de padre”, continuou.
Durante o período em que a vítima esteve refém, os criminosos fizeram diversas transferências via Pix e empréstimos usando a conta bancária do padre. O prejuízo financeiro ainda não foi calculado.
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A vítima relatou também que não viu para onde havia sido levado. “Só pude ter uma noção do que era o cativeiro hoje, quando a polícia chegou e tirou o saco do meu rosto. Até então, foram 24 horas sem saber onde eu estava”, revelou.
O imóvel utilizado como cativeiro está situado em uma área de difícil acesso, logo atrás da estação de trem de Osasco. Os policiais realizaram uma operação para estourar o cativeiro, um ambiente com muitas roupas espalhadas e sujeira.
O padre foi libertado em segurança e sem ferimentos. “Ele estava em choque, amarrado e vendado, no canto do quarto”, relatou um policial ao SBT. Com relação aos sequestradores, dois foram detidos e um menor apreendido. E, de acordo com o PM, nenhum deles tinha passagem por sequestro e cárcere privado.
O caso foi registrado no 5º DP de Osasco, que prossegue com as investigações.