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Polícia Civil diz que torcedor do São Paulo foi morto com munição ‘bean bag’

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torcedor do são paulo
Rafael Garcia participava do Surdos Tricolores, movimento ligado à torcida organizada do São Paulo /Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Nesta quinta-feira (28), a Polícia Civil afirmou que o torcedor do São Paulo Rafael Garcia, de 32 anos, morto no domingo, foi atingido por “bean bag”, munição usada pela Polícia Militar em substituição de balas de borracha. O corpo dele foi velado em Itapevi, na terça-feira (26).

A bean bag, que traduzida para o português quer dizer saco de feijão, é uma munição semelhante a um saco que encobre várias esferas de metal. “Acertou diretamente nele, em curta distância. Normalmente, esse tipo de munição é disparada a uma distância maior justamente para não causar uma lesão”, explicou a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, à rádio CBN, na manhã de hoje.

Rafael torcedor São Paulo
Foto: Reprodução Redes Sociais

Rafael era surdo e participava das comemorações do título da Copa do Brasil, no entorno do Estádio do Morumbi, em São Paulo, onde a torcida são-paulina se envolveu em uma confusão com a PM, que usou beans bags, elastômero e jatos d’água. Ele foi encontrado caído, com um ferimento na cabeça e levado ao Pronto Socorro Campo Limpo, mas não resistiu e morreu.

A diretora informou que será necessário esclarecer quem foi o responsável pelo disparo que atingiu e matou o morador de Itapevi. “Já se sabe o que o atingiu, uma ‘bean bag’, mas não sabemos de onde partiu e como foi que atingiu o torcedor são-paulino”, completou Aleixo.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o caso é investigado por meio de inquérito policial e que a Polícia Militar também instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar rigorosamente as circunstâncias da morte do rapaz. “Qualquer excesso por parte dos policiais, que eventualmente seja identificado, será devidamente investigado e responsabilizado”, diz em nota.

A Polícia Civil continua com as investigações, e deve analisar imagens de câmeras de monitoramento, além de ouvir testemunhas para esclarecer o caso.