
Passados mais de seis meses do leilão do terreno onde funcionou por anos a Cobrasma, na região central de Osasco, a empresa arrematadora voltou atrás, desistindo do certame. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.
De acordo com a entidade, de forma indireta, a desistência protege cerca de 2.500 empregos formais na cidade. Desde que tomou conhecimento do leilão, o Sindicato dos Metalúrgicos atuou para evitar a extinção dos empregos. Além de realizar um protesto em frente ao terreno, fez assembleias para alertar a categoria e população, lançou uma petição online e buscou auxílio de políticos.
A entidade agora aguarda que o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região aceite a proposta feita pela Cobrasma de vender parte do terreno para uma das empresas que já funciona no local. Ainda segundo o Sindicato, o valor da aquisição resolveria o motivo que levou o terreno ao leilão: o pagamento de dívidas trabalhistas, pendentes desde 1996.
“O nosso objetivo é que as dívidas com os trabalhadores e trabalhadoras sejam pagas sem que tenhamos perca de empregos na região”, explica o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan, o Ratinho.
Entenda o caso
A empresa Cobrasma teve sua sede, situada na Rua Professor Luis Eulalio de Bueno Vidigal 441, Centro de Osasco, arrematada em um leilão no valor de quase R$ 200 milhões para cumprir uma determinação de ação trabalhista. Alguns meses depois, a Câmara Municipal aprovou a mudança no zoneamento onde fica o terreno, passando de área industrial para mista, mudança que pode incidir na saída das indústrias do local.