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Defesa de padre indiciado pela PF alega falta de provas e questiona quebra de sigilo sacerdotal

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Padre José Eduardo, da diocese de Osasco /Foto: Reprodução

O padre de Osasco José Eduardo de Oliveira e Silva publicou uma nota em suas redes sociais nesta quarta-feira (27) negando a acusação de envolvimento em um plano golpista, que levou ao seu indiciamento pela Polícia Federal (PF), juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 35 pessoas.

Na nota, assinada pelo advogado Miguel da Costa Carvalho Vidigal, a defesa argumenta que o relatório da PF não apresenta provas concretas da participação do padre em atos que visassem a quebra da ordem constitucional. “Ele sequer tem conhecimento técnico para elaborar qualquer documento jurídico. Há conjecturas, ilações e interpretações que não são corroboradas nem pelas provas, quanto mais pela realidade dos fatos”, afirma.

A defesa também alega quebra do sigilo sacerdotal do religioso e de fiéis, o que, segundo a nota, viola a jurisprudência, a Constituição Federal e o Tratado Internacional Brasil-Santa Sé. “Tais atitudes, além de incorrer em quebra da jurisprudência e da Constituição Federal, fere também o Tratado Internacional Brasil-Santa Sé, firmado pelo Brasil e transformado em decreto pelo presidente Lula”, argumenta o advogado.

O relatório da PF aponta que José Eduardo teria criado e disseminado uma “oração do golpe” após as eleições presidenciais de 2022. Nesse caso, a defesa afirma que pedidos de orações feitos pelo padre são comuns em sua prática religiosa e não contém qualquer sugestão de golpe. “Não há qualquer sugestão de golpe na mensagem e sequer há um texto de oração”, frisa Vidigal.

“Seguro de que o processo transcorrerá dentro dos parâmetros da justiça, o religioso permanece sereno, cumprindo com suas obrigações para com seus fiéis e com os pobres a quem dedica a vida, aguardando como resultado a total improcedência da ação em relação a ele”, conclui a nota.