
Auris Sousa
Evento realizado na quarta-feira, 21, no Dieese, relembrou 35 anos da 1ª Semsat (Semana de Saúde do Trabalhador), considerada um marco na luta pela saúde dos trabalhadores.
O encontro foi organizado pelo Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho – Diesat – e contou com a participação das centrais sindicais.
“As doenças não apareciam nos registros”
Realizada em 1979, a 1ª Semsat teve participação de 49 sindicatos, 6 federações, além de jornalistas sindicais, médicos e advogados.
“O trabalho estava matando, adoecendo. No entanto, as doenças não apareciam nos registros da previdência. Tínhamos 45 mortes e uma doença no rastro da Semsat”, recordou o vice-presidente do Sindicato, Carlos Aparício Clemente.
O advogado Antônio Rebouças ressaltou os avanços decorrentes da 1ª Semana. Como a própria criação do Diesat, que ao longo dos anos colaborou com vários avanços.
“O Diesat contribuiu com a criação das varas previdenciárias, para tratar apenas das questões ligadas a Previdência Social. Também iniciamos a luta das ações regressivas – que mais tarde se transformou em Lei”, explicou Rebouças.
O médico Herval Pina Ribeiro cobrou do movimento sindical união para tornar mais equilibradas as relações entre capital e trabalho, para que país seja de fato democrático.
“Vamos colocar o capital contra a parede. Ou a classe trabalhadora se une, ou não existe classe trabalhadora e luta que a gente possa ganhar”, ressaltou.
O jornalista Sergio Gomes, diretor da Oboré, e o cartunista Laerte Coutinho participaram do evento. Ambos contribuíram com a criação do Gibi do Trabalhador, com charges alusivas ao mundo do trabalho. Representantes das centrais sindicais também marcaram presença no encontro.