
Fernando Augusto
A vinda do Instituto Técnico Federal (IFSP) para Osasco irá desativar a unidade II (zona Norte) da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (Fito). A substituição, no entanto, vai acontecer de forma gradual. Audiência pública na Câmara Municipal semana passada discutiu a vinda do Instituto Federal e também a atual situação da Fito.
Fito quer participar de programas federais
“Vai fechar a unidade II, só que aos poucos. Esse ano nós temos nove salas ociosas, vamos utilizar as nove. Ano que vem vai ampliando. Quando o prédio da FAC-Fito for devolvido pela Unifesp aí migra pra unidade da zona Sul e na da zona Norte vai funcionar o Instituto, que é curso técnico superior de alto nível e de graça”, explicou nesta quinta-feira, 22, o prefeito Jorge Lapas (PT).
No segundo semestre já deve começar a vinda do IFSP. De acordo com o presidente da Fito, Rubens Gonçalves de Aniz, em 2015 já não serão abertas novas vagas para o primeiro ano dos ensinos fundamental e médio.
Em 2017 está prevista a devolução do prédio que hoje é ocupado pela Unifesp, que será utilizado para expansão da Fac-Fito.
Dívida
Um dos entraves para a expansão da Fito, a dívida avaliada em R$ 80 milhões pode ser encampada pela Prefeitura. A dívida impede que a instituição participe de projetos importantes na área da Educação, como o Prouni, o Fies e o Pronatec, todos do governo federal.
De acordo com o prefeito Jorge Lapas, uma auditoria já foi contratada pela Prefeitura para avaliar a situação financeira da Fito.
“[A auditoria foi] contratada para ver de que forma a gente pode negociar essa dívida. Para livrar a Fito dessa dívida e poder participar desses programas [do governo federal]”, disse Lapas ao Visão Oeste.
Prefeito é ex-aluno
Ex-aluno da Fito, onde cursou especialização em edificações, o engenheiro Jorge Lapas elogia o ensino da instituição, que considera “de alta qualidade”.
Para o prefeito, no entanto, a Fito não deve buscar competir com as empresas especializadas em ensino superior que se instalaram na cidade. “A Prefeitura não pode bancar isso. A ideia é enxugar a dívida da Fito e ela se sustentar e manter os cursos que tiverem mais interesse”, afirma.