, após cancelamento de audiência pública)
O leilão de concessão da Nova Raposo Tavares está previsto para acontecer na quinta-feira (28). O projeto prevê investimentos de R$ 7,9 bilhões em melhorias viárias ao longo de 30 anos, incluindo a gestão de 92 quilômetros de rodovias. Uma das principais intervenções é a criação de uma rota alternativa, utilizando a Rodovia Coronel PM Nelson Tranchesi (SP-029) e trechos urbanos de Cotia e Embu das Artes, para melhorar o fluxo de veículos no Rodoanel Oeste, o trecho mais movimentado do Rodoanel Mário Covas, com tráfego diário de 225 mil veículos. Os investimentos nessa rota somam R$ 730 milhões.
A nova rota conectará as rodovias Régis Bittencourt (BR-116), Raposo Tavares (SP-270) e Castelo Branco (SP-280), buscando otimizar o tráfego entre as regiões metropolitanas e reduzir congestionamentos e acidentes. O projeto inclui a modernização da infraestrutura, com sistemas de monitoramento, novos pontos de ônibus, alças de acesso, passarelas e iluminação. A futura concessionária implementará o sistema free-flow, eliminando cabines de pedágio e oferecendo descontos para usuários frequentes (10% para mais de 10 passagens e 20% após a 21ª passagem, com 5% adicionais para usuários de tags). As tarifas, cobradas após a conclusão das obras, variarão de R$ 0,54 a R$ 4,84. Usuários do trecho já concedido pela ViaOeste terão redução de até 28% nas tarifas a partir de abril de 2025.
Uma audiência pública marcada para discutir o projeto foi cancelada após o secretário de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, e o diretor da Artesp, Andre Isper informarem que não compareceriam. Este é o terceiro cancelamento de audiência com representantes do movimento “Nova Raposo, Não!”, que reúne mais de cem entidades da sociedade civil.
Procurada, a Secretaria de Parcerias e Investimentos não informou que compromissos institucionais previamente agendados foram os motivos do não comparecimento dos executivos na audiência pública. Informou ainda que a reunião será remarcada para uma data posterior ao leilão. Já a Artesp não respondeu à reportagem.
