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Médicos protestam contra planos de saúde

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Entidades de classe fizeram ato na avenida Paulista nesta quinta-feira, 25 / Foto: Osmar Bustos

Entidades de classe fizeram ato na avenida Paulista nesta quinta-feira, 25 / Foto: Osmar Bustos
Entidades de classe fizeram ato na avenida Paulista nesta quinta-feira, 25 / Foto: Osmar Bustos

Nesta quinta-feira, 25, organizações de médicos realizaram por todo o país protestos para marcar o Dia Nacional de Alerta na Saúde Suplementar. Em São Paulo, o protesto foi realizado pela manhã, na avenida Paulista.
As reivindicações da classe são o aumento do valor da consulta pago pelas operadoras, a equiparação dos valores de atendimentos e procedimentos médicos em enfermarias aos prestados em quartos individuais e o reajuste anual nos contratos.

“Planos cobram caro e remuneram mal”

“Os planos de saúde cobram caro, remuneram mal os médicos e criam inúmeros obstáculos ao atendimento. Este movimento reforça essa informação, mostra claramente que, apesar das inúmeras tentativas que fizemos no passado, os problemas continuam quase que semelhantes”, afirma o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, declarou que “não é possível continuar com só um lado levando vantagem em detrimento dos outros dois (médicos e pacientes), que são os que sustentam o sistema”.

Andréia Fuchs, representante do Conselho Regional de Fisioterapia, disse que há grande insatisfação também entre os fisioterapeutas que atendem planos. “Existem convênios que pagam R$ 3,50 por atendimento. Muitos profissionais estão deixando de atender convênio, fechando suas clínicas ou preferindo atender particular”.

Outro lado
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) diz que os planos de saúde que representa analisam novos modelos de remuneração aos profissionais e que os prestadores de serviços e as operadoras devem negociar caso a caso. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) diz que os contratos são reajustados regularmente “com índices acima da inflação”.