A contratação de trabalhadores com deficiência segue respeitada pela maioria das metalúrgicas de Osasco e região. Ao todo, 83,5% das vagas geradas pela Lei de Cotas (lei 8.213/91) estavam preenchidas, em dezembro de 2022. É o que mostra a 17ª Pesquisa Lei de Cotas divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região nesta quarta-feira (22).
O levantamento tem como base questionários respondidos pelas metalúrgicas situadas nos 12 municípios da base territorial do Sindicato, compreendendo matrizes e filiais. Nas matrizes, o cumprimento está em 79,1%, enquanto as filiais ultrapassam até mesmo o exigido por lei: 177,3%.
Marcel Simões, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, explica que a pesquisa dá subsídios para a entidade negociar com as empresas. “Além de mostrar que a inclusão é possível, os dados nos dão base de atuação, tanto no que se refere a questão da acessibilidade, quanto para o próprio cumprimento e permanência dele”, destaca Marcel.
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Em 2022, a contratação esteve presente de forma mais efetiva num grupo formado por diversos setores, que concentram o segmento de Estamparia e Fundição, cujo índice de contratação é de 95,3%. Em seguida, o destaque fica para o setor autopeças, com 83,3% de cumprimento. O setor com menor índice de contratação é o de máquinas e eletroeletrônicos, com 77,2%.
“Inclusão Já”
A entidade explica que o início da criação desta Pesquisa faz parte do Livro “Inclusão Já: 22 anos do espaço da Cidadania e seus parceiros e parceiras pela inclusão de pessoas com deficiência no trabalho”, lançado também nesta quarta (22) pelo Espaço da Cidadania.
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“O livro conta a trajetória destes 22 anos de luta, de ações e sobre a rede de pessoas que se formou e que se fortalece, a cada ano, em defesa do direito ao trabalho das pessoas com deficiência”, afirma Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania.
Composto por 80 páginas, “Inclusão Já” é um livro de histórias, imagens, lutas, depoimentos, memória e reflexões. Não necessariamente nesta ordem. Ele preserva e faz o fortalecimento da luta pela inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Fortalecimento que se dá à medida que ele comprova, ao longo das suas páginas, que a inclusão é possível.