William Galvão
Após incêndio que aconteceu na última semana na comunidade formada da ocupação do terreno da Savoy, localizado no Jd. Ana Estela, em Carapicuíba, cerca de 40 famílias desabrigadas trabalham para a reconstrução de seus barracos.
A Prefeitura tem prestado assistência em um espaço improvisado para oferecer banheiros, cozinha e alimentação, na rua Pérola do Oeste. Além de organizar o mutirão de reconstrução, com materiais doados, alguns cedidos pela Prefeitura e com a prestação de trabalho voluntário.
Comunidade aguarda apartamentos previstos para 2014
Alguns moradores preferiram ir para casa de outros familiares ou amigos até que tudo volte ao normal ou consigam outro lugar. A dona de casa Maria Aparecida Lima disse que “não tem como sair daqui, não tenho condições, nós vamos continuar esperando pela Prefeitura”.
O ajudante geral Antônio Carlos dos Santos conta que perdeu quase todos os móveis. “Eu e minha esposa só conseguimos tirar algumas roupas, cobertor e um colchão, o resto queimou junto”.
A manicure Aline Cordeiro, que mora na parte da favela que não pegou fogo, diz que ninguém sabe direito como começou. “Como as casas são todas de madeira, uma do lado da outra, pegou fogo uma, pega todas”, ela acrescentou que “na hora todo mundo só se preocupou em ajudar”.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou às 22h da sexta-feira, 30, e foi preciso pelo menos 14 carros da corporação para combater às chamas. Apesar de não ter havido nenhum ferido, ainda não se sabe como o incêndio começou.
Remoção das famílias
Após a autorização de reintegração de posse do terreno, em fevereiro de 2012, o prefeito da cidade Sergio Ribeiro (PT) conseguiu impedir a remoção das famílias e assinou com o governo do estado de São Paulo a construção de 816 moradias até 2014 para as famílias da ocupação área da Savoy. O terreno possui cerca de 700 famílias, em 60 mil metros quadrados.