Em clima de recesso, que começa oficialmente em cinco dias, os partidos na Câmara se dedicaram nesta semana a declarar apoio às candidaturas de parlamentares que disputarão a presidência da Casa no dia 1º de fevereiro. No Salão Verde, o PT e seis partidos – entre eles, PDT, PCdoB e o PROS – lançaram oficialmente o nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP) que já ocupou o cargo entre 2007 e 2009 e atualmente é primeiro-vice-presidente da Casa.
Chinaglia disse que trabalhará para tentar ampliar o apoio a sua campanha. Segundo ele, apesar de muitos deputados já terem declarado apoio ao adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “não há unanimidade nos partidos”. O candidato destacou que respeitará seus adversários na disputa e disse que a tarefa de presidente da Câmara “é árdua” e exige capacidade de articulação e negociação.
“O presidente da Câmara, para ser bom, sempre vai ter resistência de outros Poderes. O Parlamento, para exercer com altivez seu papel, vai divergir em algum momento com o que o Executivo faz, com o que o Judiciário faz”, avaliou. Chinaglia, que é do partido do governo, garantiu que conduzirá a Casa com independência. “A Mesa tem o dever da imparcialidade: nem vai servir ao governo nem à oposição”, afirmou.
O discurso segue a mesma linha defendida por Eduardo Cunha que recebeu nesta quarta-feira o apoio oficial do PTB, PSC e DEM. Outros partidos ainda estudam acompanhar o peemedebista – entre eles, o PR, PSD e PP. Segundo Cunha, o apoio já foi declarado por 109 deputados.