Doze policiais militares foram afastados de suas funções após serem flagrados agredindo violentamente uma família dentro da garagem de sua casa em Barueri. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (4) e as imagens da agressão chocaram a população.
A confusão começou com uma abordagem policial a Matheus Higino Lima Silva, de 18 anos, e seu pai, Juarez Higino Lima Junior, de 39 anos, que estavam com uma motocicleta com a documentação atrasada. Ao serem informados que a moto seria apreendida, pai e filho resistiram à ação policial e correram para dentro da garagem de sua casa.
Segundo a versão da PM, eles teriam xingado os policiais. Reforços foram chamados e os policiais invadiram a residência, agredindo a família com golpes de cassetete. Nas imagens, é possível ver um dos PMs aplicando um golpe de mata-leão em Juarez, técnica proibida pela instituição desde 2020.
Lenilda Messias Santos Lima, mãe de Juarez, de 63 anos, aparece nas imagens com o rosto sangrando e sendo empurrada e chutada por um policial. Além de Lenilda e Juarez, outros dois membros da família foram agredidos. Todos os agredidos foram ao IML de Osasco para exame de corpo de delito ontem, quinta-feira (5).
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou que os policiais foram ouvidos pela Corregedoria e afastados de suas funções. As investigações do caso seguem em andamento. “A Polícia Militar reitera que não compactua com desvios de conduta e assegura que todo excesso cometido por policiais será penalizado em conformidade com a lei”, informou, em nota, a SSP.
Violência policial
O caso ocorrido em Barueri se soma a outros episódios recentes de violência policial que ganharam repercussão em São Paulo. No domingo (1°), um policial militar foi filmado arremessando um jovem em um córrego durante uma abordagem.
Na segunda-feira (2), imagens de uma câmera de segurança mostraram a execução de Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, ocorrida em 3 de novembro, após tentar roubar itens de um mercado.