O contrato de gestão compartilhada do Hospital Municipal Antonio Giglio entre a Prefeitura de Osasco e a Fundação do ABC terminou nesta quinta, 27. De acordo com as informações da Secretaria de Saúde, a parceria não será renovada devido ao não cumprimento de metas e procedimentos. O custo por mês com a OS, era de R$ 10 milhões.
A pasta discute a transição da Fundação com a nova Organização Social (OS) que assumirá a gestão do Hospital e UPA, em caráter emergencial por até 180 dias.
O prefeito Rogério Lins (PTN) garantiu que os serviços não serão interrompidos até que seja feita a contratação emergencial de uma nova OS para administar o hospital. “Até a conclusão desse processo, os serviços continuam com a Fundação do ABC”, disse.
Também será iniciado um processo de licitação para contratação de OS definitiva.
A FUABC assumiu a gestão do hospital em 2015, com 770 funcionários vinculados, e a UPA Centro em junho de 2016. Com a mudança de OS, os trabalhadores temem demissões ou até problemas maiores, como o vivido por funcionários do Hospital de Barueri (leia ao lado).
“Estamos angustiados pra saber o que vai acontecer, não sabemos ainda e estamos aguardando um posicionamento”, relatou um funcionário que não quis se identificar. “O que acontecerá? Pois o sustento de nossas famílias vem de lá e não tem comunicado sobre isso”, declarou outro.
O prefeito de Osasco diz que o objetivo é reaproveitar os trabalhadores e não prejudicá-los. “O nosso posicionamento como governo, é que a empresa que vai assumir absorva o quadro de técnicos, mas não podemos garantir que vai absorver 100% dos funcionários. Quero que comece a seleção com os profissionais que estão lá, mesmo porque eles já conhecem a rotina, pacientes e vão ajudar que já comece bem o serviço”, destacou.
Imbróglio em Barueri
Em Barueri, a substituição da OS que administrava o Hospital Municipal de Barueri, resultou na demissão de aproximadamente 1300 funcionários, que vivem impasse para receber as verbas trabalhistas.
A organização que saiu da administração do hospital deixou dívidas trabalhistas pendentes e a prefeitura barueriense diz que não vai assumi-las. Com isso, os trabalhadores devem ir à Justiça para tentar resolver as pendências.