Vivemos hoje no Brasil uma conjuntura política de extrema gravidade. Estamos diante de uma feroz ofensiva golpista protagonizada pelas forças conservadoras (de direita e extrema direita) que têm por alvos principais a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o maior líder popular da nossa história.
Por trás deste movimento, atuando muitas vezes nas sombras, como forças ocultas, encontram-se interesses poderosos, entre os quais sobressaem os do imperialismo estadunidense. Este atua também na Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e outros países latino-americanos e caribenhos com o mal disfarçado propósito de reverter a mudança geopolítica do continente sinalizada pela rejeição da Alca, criação da Celac, Unasul e Alba, e recompor sua hegemonia.
Os sujeitos políticos do golpismo, capitaneados pelos tucanos, contam com forte apoio em setores do Poder Judiciário e Polícia Federal, bem como a desavergonhada cumplicidade dos meios de comunicação monopolizados pela burguesia, sob a liderança da Rede Globo, próspero e diabólico rebento do regime militar.
Sob a bandeira de um falso moralismo e agindo como “justiceiros” à margem da Constituição, atropelando direitos fundamentais dos indivíduos, os golpistas transformaram a operação Lava-Jato num instrumento para destruir o PT, derrubar o governo Dilma e humilhar e se possível prender o ex-presidente Lula, que há poucos dias foi vítima de uma condução coercitiva ilegal e autoritária.
É preciso ter consciência de que o alvo não é só Lula ou Dilma, mas a nação, cuja soberania já está sendo empenhada pelos golpistas (como indica o projeto de Serra sobre o pré-sal), e o povo em geral.