
Durante o governo Dilma Rousseff, que se jactava da sua ingênua postura “republicana”, a midiática Operação Lava-Jato serviu para desgastar a presidenta e para criminalizar seu partido. Agora, no covil de Michel Temer, ela serve para abafar as sujeiras dos golpistas e para seguir atacando o PT. Baita republicanismo!
No domingo, 25, Alexandre de Moraes – o carniceiro dos estudantes paulistas que hoje é ministro da Justiça – deixou explícito o aparelhamento da ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Em qualquer outro país minimamente civilizado, ele seria imediatamente exonerado e processado por abuso de poder.
O fascistoide antecipou durante um comício do PSDB em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, que a Lava-Jato deflagraria novas prisões na véspera das eleições municipais. “Teve na semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, afirmou o egocêntrico ministro – que não esconde seu desejo de disputar o governo estadual em 2018.
Diante da repercussão negativa da declaração, que evidencia que a Lava-Jato foi transformada de vez em cabo eleitoral dos partidos golpistas, o Palácio do Planalto até tentou desmentir o episódio.
Temendo o total desgaste da já desacreditada Lava-Jato, o governo acionou a mídia chapa-branca para difundir que o ministro linguarudo seria “imediatamente” exonerado do cargo. Na sequência, Michel Temer recuou – o que já virou uma marca desta gestão errática. Em nota oficial, o Ministério da Justiça garantiu que a Lava-Jato é uma operação imparcial, que a Polícia Federal segue com a sua “atuação independente” e que a declaração da Alexandre de Moraes foi apenas uma “força de expressão”. Haja cinismo!