Três das mais importantes associações médicas do Brasil estão recomendando o uso da vacina contra dengue disponível no Brasil atualmente. O imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2015 já possui a chancela da Organização Mundial da Saúde e agora recebe a indicação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
No Brasil, a doença está presente em todas as regiões e só este ano já foram notificados quase 1,5 milhão de casos, com cerca de 500 mortes. O Sudeste tem o maior número de registros (837.400), seguido pelas regiões Nordeste (295.036), Centro-Oeste (154.359), Sul (76.465) e Norte (36.220).
Além do desconforto dos sintomas e do risco de óbito, a dengue provoca impactos financeiros. Os custos da doença para o país podem chegar até 1,2 bilhão de dólares por ano, o equivalente a cerca de 4 bilhões de reais. O valor faz parte de um estudo conduzido em seis capitais de quatro regiões brasileiras – Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Recife, Teresina e Belém – publicado na revista científica Plos de setembro de 2015.
Foram avaliados 2.035 pacientes, atendidos em ambulatório ou hospital, dos setores públicos e privados de saúde, no período entre setembro de 2012 e agosto de 2013.
Lançada em agosto, a primeira vacina contra dengue aprovada no mundo é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos e são necessárias três doses, com intervalo de seis meses entre cada uma delas. A vacina reduz em dois terços a possibilidade de contrair a doença e protege em 93% dos casos graves.
A vacina também já está aprovada em cinco países: México, El Salvador, Filipinas, Costa Rica e Paraguai.