
Após o prefeito de Osasco, Rogério Lins (PTN), cobrar da EcoOsasco, na tarde desta quarta-feira, 19, o restabelecimento imediato da coleta de lixo na cidade, ameaçando inclusive romper o contrato, a empresa informou, em nota, à noite, que o serviço foi retomado.
“A concessionária realizou todos os compromissos contratuais e está, junto com a prefeitura, solucionando um local de descarte para os resíduos coletados”, diz a EcoOsasco.
A prefeitura diz que “os caminhões atenderão nos bairros nos dias previstos”.
A coleta de lixo havia sido suspensa com a interdição do aterro sanitário da cidade, na terça, 18, pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesb).
O prefeito ameaçou que, caso a EcoOsasco não retornasse com a coleta até a noite desta quarta, romperia o contrato e substituiria a empresa responsável pelo serviço.
“Nossa posição é que o serviço seja restabelecido ainda hoje (quarta, 19). Inclusive nosso departamento jurídico está entrando com uma liminar para restabelecer a coleta. Caso não aconteça, a partir de amanhã (quinta-feira, 20) será iniciado o processo de contratação emergencial de uma empresa para prestar o serviço”, afirmou Rogério Lins, em vídeo divulgado em sua página no Facebook.
“Hoje, até o final do dia, a EcoOsasco tem que ter o compromisso com a nossa cidade de restabelecer a coleta de lixo”, declarou.
Não havia sido definido ainda, no entanto, onde o lixo da cidade seria despejado. O aterro é gerenciado por meio de parceria público privada entre a prefeitura e a EcoOsasco.
De acordo com a administração municipal, o transporte do lixo para um aterro em outra cidade custaria mais de R$ 4 milhões por mês ao município.
A Cetesb alegou falta de condições ambientais para armazenamento do lixo no aterro sanitário de Osasco, que recebia 800 toneladas por dia.
Surpresa com ação da Cetesb e promessa de novo aterro
O prefeito de Osasco, Rogéiro Lins, declarou ter sido surpreendido com a interdição do aterro pela Cetesb, já que os serviços realizados no local e os projetos para o aterro teriam sido esclarecidos em uma reunião em janeiro com representantes da prefeitura, da companhia, da Secretaria de Meio Ambiente do estado, do Ministério Público e da EcoOsasco.
“Diversas tratativas foram assumidas por todas as partes. E todas as tratativas por parte da prefeitura, todas as exigências, estão sendo cumpridas”, alegou o prefeito.
De acordo com ele, há um prazo até 1º de janeiro do ano que vem para a implantação de um novo aterro, com a remoção de 149 famílias que vivem na área, na região do Jardim Açucará.
Segundo o prefeito, “o novo aterro vai ser o primeiro aterro sanitário do Brasil 100% adequado ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Vai tratar o lixo da cidade e transformar em energia”.
O projeto deve ter investimento de R$ 100 milhões da iniciativa privada, de acordo com Rogério Lins.