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Fusão entre Gol e Azul: “Não vamos aceitar aumento de passagens”, diz ministro Silvio Costa Filho

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Fusão entre Gol e Azul deve ser concluída em 2026, diz ministro / Foto: Jenifer Oliveira

O governo federal prevê que a fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul seja concluída em um prazo de até 12 meses. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (6) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro” da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo o ministro, o prazo de 12 meses é a estimativa do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a análise e aprovação da operação. As companhias aéreas já estão em processo de reunir e apresentar a documentação necessária. O governo federal, por sua vez, tem acompanhado de perto o processo, com reuniões já realizadas com os presidentes da Latam, Azul e Gol.

Na próxima semana, o ministro Silvio Costa Filho tem agendada uma reunião com o presidente do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo, para monitorar o andamento do processo e discutir medidas de proteção ao consumidor. “Caso essa fusão venha a acontecer, não vamos aceitar aumentos de passagens que prejudiquem a população. O Cade tem que ter um olhar para isso”, afirmou o ministro.

O governo federal ressalta que, mesmo com a valorização do dólar no final do ano passado, houve uma redução de 5% no custo médio das passagens aéreas no país. Além disso, as companhias aéreas estão investindo na renovação e ampliação de suas frotas, com a aquisição de cerca de 50 novas aeronaves, o que deve fortalecer a aviação regional brasileira.

Detalhes da fusão

A Azul e a Abras, controladora da Gol, assinaram um memorando de entendimento para iniciar as negociações para a fusão das duas empresas. Se concretizada, a nova companhia aérea concentrará aproximadamente 60% do mercado aéreo nacional.

A concretização da fusão depende da conclusão do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevista para abril. O conselho de administração da nova empresa será composto por três representantes da Abra, três da Azul e três conselheiros independentes. A presidência do conselho será indicada pela Abra, enquanto o cargo de CEO será ocupado pelo atual CEO da Azul, John Rodgerson, após a aprovação da fusão pelo Cade e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As marcas Gol e Azul continuarão a existir de forma independente, mas as duas empresas poderão compartilhar aeronaves, otimizando a malha aérea e ampliando a conectividade entre grandes cidades e destinos regionais.

Com a Agência Brasil