O Metrô de São Paulo informou que a futura Linha 22-Marrom, que ligará Cotia à estação Sumaré da Linha 2-Verde, passando por Osasco, será construída subterrânea, assim como outros ramais recentes, e terá trens menores. A informação foi divulgada por Luiz Antonio Cortez, gerente de planejamento e meio ambiente da companhia, durante a 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária.
Inicialmente, o Metrô considerou diferentes opções para a Linha 22-Marrom, incluindo um sistema de monotrilho e vias sobre a rodovia Raposo Tavares. No entanto, o anteprojeto de engenharia indicou que um traçado elevado seria inviável devido à falta de espaço na rodovia, que passará por obras de ampliação.
Trens menores e plataformas mais curtas
Segundo Cortez, a Linha 22-Marrom terá trens mais estreitos, com apenas cinco carros, em vez dos seis carros presentes nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e nas mais novas, como a Linha 4-Amarela e a 6-Laranja. Essa medida visa reduzir os custos do projeto, permitindo a escavação de um túnel mais estreito, com menos de 10 metros de diâmetro.
Com a redução no número de carros, as plataformas das estações poderão ter 110 metros de comprimento, em vez dos 132 metros atuais. O Metrô também prevê o uso de elevadores de alta capacidade em algumas estações, como Rio Pequeno e Teodoro Sampaio.
Apesar da redução da capacidade por conta do gabarito menor, a Linha 22-Marrom poderá transportar quase 680 mil pessoas diariamente em seus 29,4 km de extensão e 19 estações. Desse total, quase 400 mil serão novos usuários, que não virão de outras linhas.
Para atender a essa demanda, a linha terá uma frota de 47 trens e um intervalo entre eles de pouco mais de 2 minutos. A capacidade de transporte, no entanto, será cerca de 31% menor que a das linhas tradicionais.
Inovações para um projeto mais eficiente
Assim como no projeto da Linha 16-Violeta, o Metrô buscou soluções inovadoras para tornar a Linha 22-Marrom mais barata e eficiente. Entre as propostas, está a construção de vias com rampa de 5%, mais inclinadas, o que permite que as estações fiquem mais próximas da superfície.
É importante ressaltar que o projeto ainda pode sofrer alterações, como aconteceu com a Linha 16-Violeta, que teve sua implantação tradicional proposta pela construtora Acciona após manifestar interesse na concessão da linha.
Próximos passos
O próximo passo para a Linha 22-Marrom é a contratação de uma empresa para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), prevista para novembro. As audiências públicas estão programadas para começar em setembro de 2025, quando também será solicitada a Licença Prévia Ambiental.
A Linha 22-Marrom está entre as prioridades do governo, mas sua construção depende da conclusão de outras linhas, como a 20-Rosa, 19-Celeste e 16-Violeta. Mesmo assim, a expectativa é grande entre os moradores de Cotia e Osasco, que serão beneficiados pelo novo ramal.
Com informações do “Metrô CPTM”