O ano de 2016 chegou com a difícil missão de reverter os prognósticos negativos deixados pelo seu antecessor. A turbulência política que acabou resultando em crise econômica de 2015 deixou sequelas profundas com as quais teremos que lidar ao longo desse ano novo, infelizmente. Nem mesmo podemos comemorar o fim da turbulência original, na medida em que ainda é incerto o desfecho da crise institucional do Congresso Nacional. Sob a tutela de um presidente acusado de corrupção, Eduardo Cunha (PMBD-RJ) fez justiça à comparação que ganhou com o seriado televisivo House Of Cards (“House of Cunha”), e demonstrou a incrível e infeliz habilidade de se perpetuar no poder a partir de manobras estatutárias.
2016 chegou com missão de reveter prognósticos negativos vindos de 2015
Em nome de tranquilizar mercados e buscar a paz necessária para a retomada do crescimento, o governo até esboçou uma tímida reação, aprovando um ajuste fiscal que desagradou os setores mais à esquerda da base aliada e acabou custando a cabeça do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ao anunciar a quitação dos valores em 30 de dezembro, também se desvencilhou de parte do peso das chamadas pedaladas fiscais, que faziam acentuar a pressão do punhal chamado impeachment. Mas a luta não terminou, nem parece próxima do fim.
Para aguentar o que vem por ai, é preciso mesmo renovar as esperanças e se apegar ao ditado popular que credita-nos, a todos os brasileiros, a qualidade de fortes. Teremos à frente um ano eleitoral, momento oportuno para refletir sobre o que realmente avançou nos municípios e quais projetos de fato trouxeram e trazem melhorias na qualidade de vida dos munícipes.
De certo, sob novos protestos e polêmicas, teremos ainda as olimpíadas Rio 2016, cujo papel em meio a esse cenário pouco ufanista ainda está para ser interpretado. E assim começa um novo ano! Que seja um ano bem melhor, em todos os sentidos.