Na noite da última quinta-feira (9), a Frente Parlamentar de Proteção e Defesa dos Animais da Câmara de Osasco realizou uma audiência pública sobre os primeiros 50 dias de funcionamento do primeiro Hospital Veterinário Público de Osasco (assista abaixo). A unidade foi batizada “Manchinha” em homenagem ao cachorro assassinado no Carrefour em um caso que gerou comoção em todo o país, no ano passado.
O primeiro hospital veterinário público de Osasco fez mais de dois mil atendimentos nos primeiros dois meses, o dobro da meta para o período, segundo o diretor de Bem-Estar Animal do município, Fábio Cardoso.
Ele apresentou dados pesquisa de satisfação feita com cuidadores dos animais atendidos na unidade. De acordo com o levantamento, 71% consideraram a qualidade do atendimento boa ou ótima; 92% avaliaram a organização física do hospital como boa ou ótima e 89% afirmaram ter recebido orientações de cuidados com os bichanos.

Uma critica apontada pelos usuários foi a falta de aparelho de Raio-X na unidade, que precisavam ser feitos em clínicas particulares e eram pagos pelos cuidadores. O problema deve ser amenizado após a inauguração, no sábado (11), do segundo Hospital Veterinário Público de Osasco, na zona Norte, que conta com aparelho de Raio-X e atende encaminhamentos da unidade “Manchinha”.
Procedimentos
De acordo com os números apresentados pelo diretor de Bem-Estar Animal na Câmara de Osasco, em 50 dias, foram realizados no Hospital Veterinário Público “Manchinha” 2.711 exames laboratoriais, 66 cirurgias e 2.727 prescrições de medicação.
“Em março e abril foram feitas 2.074 consultas. No contrato, era prevista a realização de 1160 consultas, mas, acabamos fazendo um número maior. Porém, o valor a ser pago à empresa que gerencia o hospital será referente ao número de consultas constante no contrato”, afirmou Fábio Cardoso.
A administração do hospital fica a cargo da Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – Anclivepa.
Frente Parlamentar de Proteção e Defesa dos Animais
Participaram do evento os vereadores Ana Paula Rossi (PR), Ralfi Silva (PODE) e Batista Comunidade (AVANTE), além do diretor do Bem-Estar Animal, Fábio Cardoso, defensores de direitos dos animais, além da presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Osasco, Dra. Daysi Carneiro Lindholz.
A Frente Parlamentar de Proteção e Defesa dos Animais é formada por vereadores que têm o papel de debater, identificar e apresentar soluções às questões relacionadas à proteção e defesa dos animais dentro do município.
Manchinha
Indagado sobre os desdobramentos da morte do cachorro Manchinha, por um segurança do Carrefour de Osasco, Fábio Cardoso esclareceu que a rede de hipermercados foi condenada a pagar R$ 1 milhão ao município, valor que será revertido a ações pelos animais.

“O repasse deverá ser feito em um fundo municipal específico criado pelo município de Osasco. Deste valor, serão investidos R$ 500 mil em serviços de castração; R$ 350 mil para compra de medicamentos para o bem-estar animal; e R$ 150 mil para compra de ração para entidades e ONGs”, detalhou.