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Justiça decreta prisão preventiva de donos de clínica em Cotia após morte de paciente por tortura

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clinica de reabilitação cotia (1)
Paciente aparece amarrado

Nesta segunda-feira (26), a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia da Promotoria de Cotia e decretou a prisão preventiva dos donos de uma comunidade terapêutica onde um paciente foi torturado e morreu no início de julho.

A decisão atende aos pedidos do promotor Filipe Viana de Santa Rosa, que acusa os responsáveis pelo estabelecimento de administrar “remédios à vítima mesmo sem prescrição médica”.

O monitor da clínica Matheus de Camargo Pinto já havia sido denunciado pelo Ministério Público. Agora, segundo o MP, os três acusados responderão de acordo com a Lei 9.455/1997, que define os crimes de tortura e estabelece pena de 8 a 16 anos de reclusão para casos de morte sob essas circunstâncias.

O dependente químico Jarmo Celestino de Santana morreu aos 55 anos, três dias após dar entrada na clínica de reabilitação, localizada em uma área rural de Cotia. Ele foi torturado e forçado a tomar um coquetel de remédios que lhe causou uma overdose, segundo as investigações.