O governo federal parece estar no caminho certo para manter o compromisso de zerar o déficit primário, neste ano. Ou seja, manter os gastos iguais à arrecadação. Segundo informações, divulgadas pelo Banco Central, em 30 de abril, as contas do setor público consolidado representaram um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março deste ano.
Se continuar assim, de fato temos condições de alcançarmos este resultado. Mas é importante que o mesmo aconteça em relação ao resultado nominal que, infelizmente, fechou março com um déficit de R$ 71,6 bilhões nas contas públicas. E as despesas com os juros da dívida pública é o nosso maior problema, no momento.
Taxas elevadas aumentam o custo da dívida, pressionam o orçamento e restringem a capacidade do Estado de investir em áreas prioritárias. Além disso, encarecem o crédito para famílias e empresas, freando o consumo e o investimento privado, elementos fundamentais para um crescimento.
Na terça-feira, 6, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central começou a se reunir para definir a nova taxa básica de juros, que será divulgada nesta quarta, 7. A expectativa do mercado financeiro é de uma alta de 0,5 ponto percentual, fazendo a Selic chegar a 14,75% ao ano.
A questão é que quando a SELIC aumenta, aumenta também a despesa com os juros, isto é a nossa dívida. Por isso que o aumento da taxa de juros só prejudica o nosso país. A gente tem divulgado o quanto atrapalha no investimento das empresas em produção, o quanto atrapalha na geração de novos empregos, e o quanto atrapalha a classe trabalhadora na aquisição de novos bens.
É chegada a hora de mostrar que também atrapalha nos investimentos dentro do país. Com a dívida pública lá encima, quem perde são os investimentos na educação, na saúde, na cultura, que ficam à mercê de um mercado que não pensa na maioria.
Reduzir os juros de forma responsável ajudaria a aliviar a carga financeira da dívida, atrair investimentos e estimular a atividade econômica. Por isso, vamos juntos fortalecer a luta por menos juros, e mais empregos, já!