A Prefeitura de Santana de Parnaíba deu início ao Projeto de Monitoramento Contínuo da Glicose, que fornece sensores digitais para pacientes com diabetes tipo 1 com idades entre 4 e 17 anos. A alternativa é menos invasiva ao tradicional método de furos nos dedos.
O dispositivo, do tamanho de uma moeda de um real e resistente à água, é aplicado na parte superior do braço e tem duração de 14 dias. Por meio de um aplicativo de celular, o sensor fornece informações em tempo real sobre os níveis de glicose, indicando tendências e permitindo um controle mais preciso da doença.
“Por muito tempo, a medição era feita com o furo no dedo, o que gerava dor, desconforto e problemas no controle da doença”, relata Zélia Marques, mãe de Matheus, de 12 anos, um dos beneficiados pelo programa. Para Vanilda Costa Silva, mãe de Milena, a mudança trouxe mais autonomia para sua filha: “Ela leva uma vida normal tanto na escola quanto nas aulas de balé”.
O projeto, que já conta com 22 cadastrados, inclui acompanhamento com equipe multiprofissional composta por endocrinologista, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico e psicólogo. Os pacientes também participam de aulas sobre “Educação em Diabetes” e têm acesso a medicamentos nas farmácias municipais.
Para participar do programa, é necessário ter cadastro homologado no município, estar na faixa etária estabelecida e apresentar indicação médica. Os sensores são distribuídos em todas as farmácias básicas das UBSs e USAs do município.
A iniciativa ganha ainda mais relevância diante dos dados do Ministério da Saúde, que apontam o Brasil como o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos. A estimativa é que esse número chegue a 21,5 milhões em 2030, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).
