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Região deve ter protestos contra aumento da tarifa

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Em junho de 2013, série de protestos reverteu reajuste no valor das passagens / Foto: Eduardo Metroviche
Em junho de 2013, série de protestos reverteu reajuste no valor das passagens / Foto: Eduardo Metroviche

No embalo das manifestações iniciadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), em São Paulo, o coletivo Osasco Contra o Aumento (OCA) planeja uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, trens da CPTM e Metrô para a tarde do dia 23, sexta-feira, no Centro osasquense.

Passagem subiu para R$ 3,50 na maioria das cidades

Em Cotia, um grupo intitulado Fórum de Lutas agendou um protesto para a tarde da próxima terça-feira, 13. A concentração será em frente à Prefeitura.
Desde terça-feira, 6, a passagem dos ônibus municipais subiu de R$ 3,00 para R$ 3,50 (16,6%) nas cidades de Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi, além dos trens da CPTM e no Metrô, que são de responsabilidade do governo do estado. Também houve aumento nos ônibus em Jandira, de R$ 3,00 para R$ 3,40 (13,3%) e Cotia, de R$ 2,60 para R$ 3,20 (23%).
A expectativa do OCA é que os protestos contra o reajuste das tarifas iniciados pelo MPL em São Paulo ganhem força e cresçam de forma semelhante às manifestações de junho de 2013, que reverteram o aumento em diversas cidades.

Além da passagem
“Assim como em junho [de 2013], acreditamos que as manifestações contra o aumento vão se expandir para fora da Capital e do estado”, avalia Alexandre Capelo, membro do OCA. Ele analisa que, novamente, os protestos irão além da questão da tarifa: “A maioria das pessoas vive um profundo estado de insatisfação contra qualquer governo”.
Nesta sexta-feira, 9, membros do OCA vão participar do protesto do Movimento Passe Livre contra o aumento da passagem em São Paulo. “Vamos demonstrar solidariedade de classe e fortalecer a militância”.
Além do ato na Capital nesta sexta, o MPL deve convocar outros protestos contra o reajuste das tarifas. “Convocaremos outros pela revogação do aumento, por um transporte público universal”, afirmou Marcelo Hotimsky, liderança no MPL, à Rede Brasil Atual.

Implantação de passe livre é contrapartida ao reajuste

A implantação do passe livre para estudantes de escolas públicas é considerada uma contrapartida das administrações municipais ao reajuste na tarifa de ônibus.
Nas cidades do Cioeste, o benefício vai atender a alunos de escolas públicas ou bolsistas o Fies e ProUni, no ensino superior, que estudam a mais de 2 quilômetros de distância de casa e têm renda familiar inferior ou igual a dois salários mínimos. O passe livre será limitado a uma passagem de ida e outra de volta à escola, exceto em períodos de recesso escolar.
“As regras de gratuidade poderão ser flexibilizadas sempre no sentido de ampliar o número de beneficiários, sendo preservadas as políticas das cidades que já possuíam a gratuidade e isenção, como Cotia e Osasco”, afirma comunicado do Consócio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste).
O MPL faz criticas à maneira como foi implantado o passe livre: “A nossa luta é a mesma: tarifa zero para toda a população. O passe livre para os estudantes foi dado como uma concessão, e não estabelecido como direito”.