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Criado em 2013 para ampliar a assistência na Atenção Básica de Saúde, fixando médicos nas regiões com carência de profissionais, o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, foi duramente criticado no início de sua implantação.
Passados um ano e meio, a população e profissionais da área dão mostras de que assimilaram a iniciativa e que ela aponta, efetivamente, para a solução dos revezes vividos na saúde porque, além do provimento emergencial de médicos, o Mais Médicos prevê também ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no País.
Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou que o novo edital do programa recebeu 100% de adesão de brasileiros. Agora sem mais necessidade de convocar profissionais estrangeiros, o programa chega a 63 milhões de brasileiros que antes não contavam com médicos em unidades básicas de saúde. Ao todo, serão 18.240 médicos atuando em 4.058 municípios, cobrindo 72,8% das cidades brasileiras, e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei).
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os médicos brasileiros convocados nesta fase que têm formação em países como Argentina, Uruguai, Portugal, Espanha e Rússia.
É importante ressaltar que a expansão deste ano priorizou os municípios com maior vulnerabilidade social e econômica. Nosso amado Nordeste foi a região com o maior número de novas vagas, com abertura de 1.807 novas oportunidades.
Outra questão que merece destaque é que, como ocorreu nos ciclos anteriores do Programa, os médicos graduados fora do Brasil passarão por período de acolhimento nacional com duração de três semanas, quando terão aulas e serão avaliados. Somente poderão participar do Mais Médicos os profissionais que forem aprovados na avaliação realizada durante esta fase.
Ou seja, o Mais Médicos também leva em conta o conhecimento desses profissionais, ao contrário do que propagam os que não querem um país melhor.
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde apresentou o resultado de uma pesquisa realizada com 14 mil pessoas sobre a qualidade da assistência dos profissionais do Mais Médicos. Do total de entrevistados, 85% disseram que a qualidade do atendimento médico está melhor ou muito melhor após a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. Um índice alto de usuários (87%) apontou que a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde.
Ainda precisamos alcançar muitas conquistas. Mas tenha certeza que o País já deu os primeiros passos.