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Três de quatro suspeitos de matar um jovem na saída de uma tabacaria na Vila Dirce, em Carapicuíba, já foram ouvidos e indicados por homicídio pela Polícia Civil, mas eles não ficaram presos devido à legislação eleitoral.
Nenhum eleitor pode ser preso, exceto em flagrante ou situações específicas, desde terça-feira (10) até 48 horas após o término da votação do primeiro turno, no domingo (15). A proibição de prisão cinco dias antes da eleição é determinada pelo Código Eleitoral (Lei 4737/1965), que permite a detenção apenas nos casos de flagrante delito, sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou por desrespeito a salvo-conduto.
Policiais civis do 2ºDP de Carapicuíba (Demacro) esclareceram o assassinato do jovem. As investigações tiveram início logo após o registro da ocorrência, permitindo a identificação dos autores. No total, quatro pessoas são suspeitas do crime e três delas já foram ouvidas e indiciadas por homicídio e homicídio tentado. Um quarto suspeito foi identificado e segue procurado.
As investigações prosseguem para localizar a arma utilizada no crime e quebra do sigilo telefônico dos envolvidos.
Camarote
O assassinato do jovem, na madrugada de domingo (8), teria sido causado por uma briga com um homem que teria entrado de penetra no camarote da tabacaria, onde o irmão da vítima comemorava aniversário.
Segundo reportagem do SBT, a vítima, identificada como Marcelo, teria expulsado Igor Araújo, que não havia sido convidado para o local, e dado um soco nele, que acabou retirado por seguranças. O “penetra” saiu do estabelecimento e ficou esperando na porta, junto a outros comparsas, armados.
Quando Marcelo, o irmão e um amigo saíram da balada, os assassinos partiram para cima deles. A vítima foi atingida por três disparos e morreu no local.
O irmão e um amigo de Marcelo foram atingidos por tiros de raspão, chegaram a ser encaminhadas ao Hospital Geral de Carapicuíba e foram liberados.
Os indiciados pelo crime vão responder por homicídio e tentativa de homicídio.