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Bradesco ignora feriado em Osasco

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Reprodução

Todos sabem que nesta sexta-feira é feriado em Osasco, quando a cidade comemora 54 anos de emancipação. No entanto, os bancários de agências de todos os bancos e da matriz do Bradesco, na Cidade de Deus, terá que trabalhar normalmente, pois o Bradesco não leva em conta o feriado municipal.

Para marcar a insatisfação da categoria e denunciar o desrespeito do banco com a história da cidade, o Sindicato realizará diversas manifestações.

“Não tem cabimento os bancários terem de trabalhar nesse dia. Boa parte do comércio estará fechado. Isso esvazia muito o município, principalmente a região central, e pode aumentar a insegurança”, destaca o diretor do Sindicato Alexandre Bertazzo. “Outro transtorno é que muitas pessoas têm dificuldade para deixar os filhos, pois as creches, as escolas e a Fundação Bradesco também não funcionam.”

Entenda o caso

A situação começou em 2009, com uma decisão judicial concedida por solicitação do Bradesco. Segundo o acórdão do Tribunal de Justiça, Osasco teria excedido o número de feriados municipais. As demais instituições aproveitaram a situação e, por meio da federação dos bancos (Febraban), também acionaram a Justiça e abrem no feriado.

Desde aquele ano, o Sindicato já ingressou com 24 ações judiciais solicitando hora extra com pagamento adicional de 100% pelo feriado trabalhado. A Justiça julgou a maior parte das ações em favor dos trabalhadores, entretanto, elas ainda aguardam julgamento de recursos no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os bancos processados são: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Safra, Caixa Federal e HSBC.

Um desses processos já teve desfecho favorável para os bancários. Em ação judicial coletiva, o Sindicato conseguiu que 28 funcionários do HSBC tivessem direito a hora extra com incidência de 100%. O processo está em fase final de execução para que os trabalhadores possam receber.

“O Sindicato vai continuar na luta pelos direitos dos bancários, mesmo que para isso tenha de mover novas ações judiciais”, acrescenta Alexandre Bertazzo.