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Ciumeira: cidade do interior alega que fez cachorro quente maior que o de Osasco

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cachorro-quente
Foto: Reprodução Instagram

A cidade de Votuporanga anunciou ter produzido um cachorro-quente de 75 metros, maior que o de 62 metros feito em Osasco em fevereiro deste ano. A “polêmica” foi levantada em uma matéria publicada no site Terra, produzida pelo jornalista Marcos Zibordi.

No entanto, o recorde de Osasco permanece legítimo.

Em fevereiro de 2024, Osasco, conhecida como a “capital do cachorro-quente”, divulgou oficialmente que havia batido seu próprio recorde estabelecido no ano anterior, fazendo um cachorro-quente de 62 metros (número alusivo aos 62 anos de emancipação da cidade). A produção do lanche de Votuporanga, feita como homenagem ao apresentador Marcos Paiva, foi transmitida pelo programa Revista de Sábado, da TV Tem, afiliada da Rede Globo um mês antes.

Apesar disso, o recorde de Osasco não foi ameaçado, primeiramente, devido à peculiaridades na confecção dos lanches. Em Osasco, foram usados apenas pães com mais de 11 metros de cumprimento, feitos em forno especial, enquanto que em Votuporanga, foram utilizados mais de 140 pães do tipo baguete. Além disso, o hot dog do interior não contempla a receita “tradicional” e leva carne moída entre os ingredientes.

Em segundo lugar, o recorde de Osasco foi certificado pela Rank Brasil, empresa especializada em atestar recordes, enquanto o de Votuporanga não passou por nenhum processo de certificação formal. Foi apenas medido com uma trena. Segundo Elisangela Arruda, analista de informações da Rank Brasil, a empresa “só reconhece recordes que foram oficialmente solicitados, avaliados e fiscalizados conforme seu regulamento”.

Além de certificar o recorde de maior cachorro-quente em Osasco, a Rank Brasil atestou a maior distribuição do lanche na cidade. Em 24 de fevereiro de 2024, foram distribuídos 7.042 cachorros-quentes.

Osasco nunca teve interesse em registrar seu recorde de maior cachorro-quente no Guinness World Records, devido aos altos custos envolvidos. Entretanto, a cidade possui um histórico de eventos gastronômicos em torno do cachorro-quente, incluindo a produção do maior do Brasil e, em 2023, o lanche se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial Osasquense.

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Distribuição de cachorro-quente no Calçadão de Osasco, 2023 / Foto: Jenifer Oliveira/Visão Oeste

E você, leitor(a), o que acha? Um hot-dog que leva carne moída e não passou por auditoria ameaça o posto já garantido pelo tradicional hot-dog de Osasco? Deixe nos comentários!