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Em Osasco, ainda não há previsão para entrega de uniforme e material escolar

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Foto: Filipe-Nunes

Osasco chegou ao mês de julho ainda sem previsão para a entrega de uniforme e material escolar dos alunos da rede municipal de ensino. A demora ocorre devido à burocracia relacionada à licitação que deveria ter sido iniciada na gestão anterior, segundo a atual administração.

“No momento ainda não tenho uma data [prevista para a entrega dos itens]” declarou a secretária de Educação de Osasco, Ana Paula Rossi, ao Visão Oeste.

“O kit de material escolar, o processo [de licitação] estava caminhando, foi suspenso pelo Tribunal de Contas porque teve impugnação de três empresas de outros estados. Isso faz parte, mas é algo que torna mais moroso ainda”, explicou.

“Por esse motivo a gente não tem como dar um prazo. As pessoas não têm muito entendimento de como funciona isso. Não depende de uma decisão única e exclusiva minha, nem do prefeito. A gente tem que seguir os trâmites e muitas vezes tem essas intercorrências”, explicou a secretária de Educação.

Foi um primeiro semestre difícil”, diz secretária

Ana Paula Rossi falou ainda dos desafios enfrentados no primeiro semestre à frente da Secretaria de Educação de Osasco. “Foi um primeiro semestre difícil, pegamos no início do ano letivo faltando 1.700 professores na rede, o que significa 1.700 salas de aula sem professor, todos os processos licitatórios parados”, destacou.

“Tivemos de iniciar do zero praticamente questão de material escolar, uniforme escolar, e isso dificulta bastante, porque são processos morosos e isso causa um desgaste. As pessoas esperam que se resolva de imediato, eu adoraria, mas não tenho esse poder. Então, isso angustia um pouquinho”, continuou.

Para reduzir de forma rápida o déficit de professores na rede, foi feito um processo seletivo e, de acordo com Ana Paula, mais de 1.400 docentes foram contratados.

Outra dificuldade relatada pela secretária é o salário abaixo da média regional pago aos professores nos últimos anos, o que faz com que haja um alto índice de pedidos de exoneração na rede.

“Professor de desenvolvimento infantil, por exemplo, tínhamos contratado 690 professores, e tivemos pedidos de exoneração de mais de 400. Temos essa dificuldade”. O município tem adotado medidas para melhorar o rendimento dos professores, diz ela.

Como o déficit de 1.700 professores ainda não sanado, muitos docentes têm feito horas extras para que alunos não fiquem sem aulas. “Não tenho sala sem professor porque professores estão dobrando o período para cobrir essa dificuldade”.

Agora, após amenizar os problemas citados, ela diz que “as expectativas para o segundo semestre são positivas”.