A família de uma menina de 11 anos acusa o inspetor que trabalhava na escola onde ela estuda de persegui-la, mostrou reportagem do “Cidade Alerta”, da Record TV, exibida nesta segunda-feira (3) – assista abaixo.
O homem, de 47 anos, envia mensagens de áudio no WhatsApp e Facebook da menina e até de familiares dela dizendo que a garota poderia visitá-lo ou tentando agendar encontros com ela. “Pelas mensagens que ele manda pra ela, parece que está falando com uma pessoa da minha idade, de 47 anos, não com uma menina de 11 anos”, contou a mãe, Lucilene da Silva.
Ele também posta fotos da menina em seu perfil no Facebook com mensagens como “é de minha responsabilidade” e “mostrar o caminho correto”.
“Parece que minha mãe é sogra [dele]” relatou a irmã mais velha da menina à reportagem. A menina diz que ele nunca tocou nela, mas a família considera que o modo como ele a trata vai muito além de como um inspetor de escola deveria tratar uma aluna.
A mãe conta que passou a desconfiar da postura do homem após receber uma solicitação de amizade dele no Facebook. Ela foi verificar o perfil e levou um susto ao encontrar diversas fotos da filha na linha do tempo.
Então, ela chamou a garota para questioná-la e, ao ver o perfil do inspetor com diversas fotografias dela na rede social também ficou surpresa e revelou que era o inspetor da escola. “Como mãe, achei se tratar de um pedófilo”, afirmou a Lucilene. “Quase infartei”.
A família relatou o caso à direção da escola onde a menina estuda. Então, o inspetor foi transferido para outra unidade de ensino.
Mesmo assim, o homem também enviou uma carta com mais de 50 linhas à garota, com frases como “Eu sim sou responsável por você” e: “por favor, não sinta minha falta, não chore por mim. Eu ficaria muito chateado de pensar que você sofreria por minha causa. Quero que você mostra para todo mundo quem eu realmente sou e o sacrifício que farei só por você”.
Outra declaração do inspetor de 47 anos à aluna de 11 anos na carta é: “Nunca te abandonarei, aonde você estiver ou for”.
A mãe diz que considerou a carta “um absurdo”. “Foi o que me levou a fazer um B.O (Boletim de Ocorrência) contra ele”.
“Não é que eu estava perseguindo, é que estávamos adicionando amizade”, diz homem
O inspetor falou à reportagem do “Cidade Alerta” que não a perseguia. “Não é que eu estava perseguindo, é que estávamos adicionando amizade”.
O homem afirmou ainda que dedicava mais atenção à menina por achar que ela precisava mais do que os outros estudantes. “Ela se metia com pessoas que eram perigosas e eu, como inspetor, a gente tem que sempre dar o braço a torcer e fazer o que a gente precisa. Na medida do possível, tenho feito o melhor”.
Ele também negou que tenha agido de maneira inadequada com relação à garota. “De maneira alguma, porque eu mal cumprimentava ela”. Além disso, afirmou ter mandado a carta para se explicar.
O homem disse ainda que a mãe da jovem agiu “de maneira grosseira”.