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A Força Sindical entrou na terça-feira, 28, com uma ação na Justiça Federal de Brasília pedindo a revisão dos saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
De acordo com a central, a ação cobrará perdas que chegam a 88,3%, devido à correção errada da Taxa de Referência (TR), que é aplicada sobre o Fundo de Garantia.
O procedimento representará milhares de trabalhadores que atuam nas bases dos sindicatos filiados à central. A ação na Justiça, com pedido de liminar, aponta que os trabalhadores perderam bilhões entre 1999 e 2012 com a manipulação da TR, que incide no cálculo dos juros do FGTS.
Com isso, segundo a Força, um trabalhador que tinha R$ 1.000 no ano de 1999, tem hoje com a correção errada da TR apenas R$ 1.340,47, sendo que os cálculos corretos indicam que a mesma conta deveria ter R$ 2.586,44. Tal valor apresenta uma diferença de R$ 1.245,97.
“Em 2000, a inflação foi de 5,27% e o governo aplicou 2,09% nas contas; em 2005, a inflação foi de 5,05% e aplicaram 2,83% nas contas; em 2009, a inflação foi de 4,11%, e as contas receberam só 0,7%. Desde setembro de 2012, a correção das contas tem sido de 0%”, alerta o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Segundo a Força, o erro de cálculo foi apontado pelo escritório Meira Morais Advogados, de Brasília.