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Fraude na merenda escolar pode ser alvo de CPI

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Fernando Capez, do PSDB (ao centro), é um dos citados nas investigações sobre esquema / Foto: José Antonio Teixeira

Deputados tentam emplacar na Assembleia Legislativa uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de fraudes nos contratos de merenda escolar em prefeituras paulistas. Após a operação Alba Branca, da Polícia Civil, que levou à prisão membros de cooperativa agrícola que venceu licitações em vários municípios, políticos foram citados como destinatários de propina, como o presidente da Assembleia, deputado Fernando Capez (PSDB).

Fernando Capez, do PSDB (ao centro), é um dos citados nas investigações sobre esquema / Foto: José Antonio Teixeira
Fernando Capez, do PSDB (ao centro), é um dos citados nas investigações sobre esquema / Foto: José Antonio Teixeira

O líder da bancada do PT na Casa, Geraldo Cruz, tenta reunir as assinaturas necessárias para a CPI. “Minha história de combate à corrupção em Embu das Artes não permite que não leve até o fim das investigações suspeitas tão graves como essas que retiram comida do prato de nossas crianças”, disse o deputado.

Acusado por membros da cooperativa de receber propina, Fernando Capez disse que apoia a criação da CPI, embora como presidente da Assembleia, não vote sobre a abertura da comissão. No entanto, o líder do PSDB, Carlão Pignatari, já disse ser contra a investigação por considerar “absurdas” as denúncias contra Capez, que nega as acusações.

“Estou vivendo um pesadelo, sou vítima de crime de sequestro de identidade”, afirmou na reabertura dos trabalhos do Legislativo estadual esta semana. Para a criação de uma CPI são necessárias 32 assinaturas.

Foram citadas 22 prefeituras no caso, inclusive a de Barueri, cujo prefeito, Gil Arantes (DEM), nega participação.

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