O Ministério da Saúde planeja estabelecer parcerias com a rede privada de saúde como estratégia para diminuir o tempo de espera por atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (29), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.
Segundo Padilha, a prioridade da medida é garantir que os pacientes recebam atendimento especializado no tempo adequado, com destaque para os casos de câncer, onde a meta é assegurar o diagnóstico em até 30 dias e o início do tratamento em 60 dias. O ministro afirmou que o objetivo é “fazer as coisas acontecerem” ainda neste ano.
“Para a gente dar conta de garantir o tempo adequado ao atendimento, por exemplo, da situação do câncer […] só será possível fazermos isso se ampliarmos as parcerias com o setor privado”, declarou Padilha à imprensa. Ele justificou a necessidade da parceria mencionando a capacidade ociosa existente em muitos serviços privados e a concentração de médicos especialistas nesse setor, conforme apontará um estudo com a Faculdade de Medicina da USP a ser divulgado nesta quarta-feira (30).
O ministro classificou a redução das filas como uma “verdadeira obsessão” do presidente Lula desde o início do governo, atribuindo o tempo de espera atual a um represamento causado pela pandemia de Covid-19 e à “desorganização da rede nos governos anteriores”.
Com o aval presidencial, as pastas da Saúde e da Casa Civil iniciarão discussões com outros ministérios e com o setor privado para viabilizar e impulsionar essa rede de atendimento de média e alta complexidade.
Padilha mencionou que ações já programadas estão sendo aceleradas, como a entrega de equipamentos de radioterapia, e que o governo está em tratativas com o hospital A.C. Camargo, referência em oncologia em São Paulo, para auxiliar no diagnóstico de câncer para pacientes do SUS.
Com a Agência Brasil