Ganhou grande repercussão o caso da mulher que foi presa após levar um idoso morto a uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil. O caso aconteceu em Bangu, na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde de ontem (16).
Funcionários do banco estranharam a situação e gravaram quando Erika de Souza Vieira Nunes chama o idoso de “tio”, pedindo para que ele assine o documento. Nas imagens, é possível ver a mulher arrumando a cabeça do homem, que já estava sem vida.
“Tio Paulo, está ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, tem que ser o senhor. O que eu posso fazer, eu faço”, disse a mulher, no vídeo.
O óbito de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi constatado em seguida por profissionais de saúde acionados pelos colaboradores do banco.
Erika foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver – quando há menosprezo, ultraje ou trato com desprezo e sem o devido respeito ao cadáver.
Na delegacia, ela afirmou ser cuidadora de Paulo, e sua defesa alega que o idoso teria entrado na agência com vida. As investigações prosseguem.
Inacreditável
Na Internet e nas redes sociais, o caso tido como “inacreditável” por muitos está entre os assuntos mais comentados. No X, antigo Twitter, estão em alta nesta quarta-feira (17) hashtags “MORTO” e “Sugar Dead”, relacionadas ao acontecido.
“Esse caso me assustou demais. Até onde chegará a humanidade?”, questionou um internauta, nos comentários de uma publicação no Instagram. “O Brasil realmente não é para amadores”, disse outro. “Meu Deus! É inacreditável”, disparou outro.
to dia inteiro estranhamente facinada pela história do tio paulo
como ela levou um morto no banco?
onde ele morreu pra ela tirar ele de lá?
ela achou msm que isso ia dar certo?
como ele ia assinar?
são tantas perguntas— Becca Pires (@beccapires) April 17, 2024
O episódio ganhou as manchetes de noticiários no exterior, como no tabloide britânico “Daily Star”, que o comparou ao filme “Um Morto Muito Louco” de 1989. O jornal “Daily Mail” também noticiou o caso, que foi citado como “golpe sem vergonha” pelo “The Sun”.