Restaurantes cadastrados no aplicativo iFood, sediado em Osasco, tiveram nomes alterados por mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contrárias à vacina, nesta terça-feira (2). O episódio assustou usuários e levou o iFood aos assuntos mais comentados no Twitter.
Quem acessou o aplicativo se deparou com o estabelecimentos comerciais com nomes como “Bolsonaro 2022”, “Petista Comunista”, “Vacina Mata”, além de ofensas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com “Lula Ladrão”, e à ex-vereadora Marielle Franco (1979 -2018).

Em comunicado, o iFood informou que aproximadamente 6% dos estabelecimentos cadastrados na plataforma sofreram a alteração e explicou que “o incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida”.
A empresa sediada em Osasco ressaltou que os nomes dos restaurantes “estão sendo estabelecidos” e que foram tomadas todas as medidas para proteger os dados dos estabelecimentos, consumidores e entregadores. “Não encontramos qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartão de crédito”, continuou.
Tomamos as medidas imediatas e necessárias para sanar o problema e proteger os dados de restaurantes, consumidores e entregadores.
Não encontramos qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartão de crédito.
— iFood (@iFood) November 3, 2021
O incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida.
— iFood (@iFood) November 3, 2021
“Internet não é terra sem lei”
No Twitter, políticos e personalidades se pronunciaram sobre o caso e cobram medidas por parte do iFood. Entre eles, os deputados federais Túlio Gadelha (PDT-PE), Sâmia Bonfim (PSOL-SP), Vivi Reis (PSOL-PA) e Jandira Feghali (PCdoB-TJ). “O episódio envolvendo um funcionário do iFood que, em pleno feriado de Finados, atenta contra a memória de Marielle Franco e divulga FakeNews sobre a vacina tem que ser rigorosamente apurado e os responsáveis punidos. A ação foi criminosa e um pedido de desculpas não basta”, declarou Sâmia.
O episódio envolvendo um funcionário do iFood que, em pleno feriado de finados, atenta contra a memória de Marielle Franco e divulga FakeNews sobre a vacina tem que ser rigorosamente apurado e os responsáveis punidos. A ação foi criminosa e um pedido de desculpas não basta!
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) November 3, 2021
“A internet não é terra sem lei. É preciso que o iFood identifique e responsabilize o funcionário que, em pleno dia de finados, hackeou o sistema e destilou ódio até mesmo para Marielle Franco. Uma ação grave e que não pode ficar impune”, disse Vivi Reis. “Não é só ódio. É crueldade. É muita gente ruim disfarçada de cidadão de bem”, comentou Túlio Gadelha.
Pasmem! Um funcionário bolsonarista do Ifood, com acesso ao sistema, trocou o nome de lanchonetes por “Bolsonaro 2022”, “Vacina Mata”, “Marielle Peneira”. Não é só ódio. É crueldade. É muita gente ruim disfarçada de cidadão de bem.
— Túlio Gadêlha (@tuliogadelha) November 3, 2021
Internautas também ironizaram o ocorrido. “Nossa, deixa eu perder meu emprego aqui rapidinho só pra mostrar que meu presidente é o micto”, escreveu um. “Os caras perdem emprego pra defender político”, disse outro. “Essa fita aí do iFood é só a pontinha do iceberg que nos aguarda em 2022. Vai ter que ser com coragem porque a covardia vai cantar”, escreveu outro.
Dormir deprimida, mas pelo menos não sou do t.i. do iFood. pic.twitter.com/FI5G5jVRCG
— JaIrme’s Vaccine Race (@jairmearrependi) November 3, 2021
nossa deixa eu perder meu emprego aqui rapidinho só pra mostrar que meu presidente é o micto rsrs
— Carlaiou (@CaarlosAnt) November 3, 2021
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