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Judiciário em greve: servidores de Osasco e região mantêm paralisação após ato em São Paulo

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Ato realizado nesta quarta-feira / Foto: Apatej

Centenas de servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que atuam nas Comarcas de Osasco, Barueri, Cotia, Taboão da Serra, entre outros, engrossaram um grande ato realizado ontem, quarta-feira (21), na Praça João Mendes, Centro da capital paulista.

Eles se uniram a milhares de outros colegas de todo o estado – em um movimento que contou com representação de mais de 50 comarcas e cerca de 20 fóruns da Capital – na luta pelo pagamento de perdas salariais acumuladas que, segundo a categoria, ultrapassam 25% desde 2012. A principal reivindicação é a reposição integral dessas perdas.

De acordo com Ednaldo Batista, presidente da Associação Paulista dos Técnicos Judiciários (Apatej) – entidade que, além de atuação em Osasco e região, possui representação em cidades do Grande ABC, Litoral Sul e Vale do Ribeira – no início de 2024 o índice de defasagem salarial atingia 30,24%.

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Ato realizado nesta quarta, 21 /Foto: Apatej

Contudo, o Tribunal de Justiça concedeu 5% de reajuste, sem abrir negociação efetiva com os servidores. “O TJ-SP até tem dialogado com a categoria, mas não há negociação real. Não há avanços, apenas reuniões sem resultados concretos”, explicou.

“Por isso, em assembleia geral durante o ato, os participantes votaram pela manutenção da greve, iniciada no dia 14 de maio”, continuou Ednaldo. Segundo ele, a paralisação afeta o funcionamento dos fóruns e demais unidades do TJ-SP, impactando os serviços judiciários na região.

Uma comissão de grevistas chegou a ser recebida pela presidência do TJ-SP para pleitear a antecipação e o formato presencial de uma Mesa de Negociação, inicialmente agendada de forma virtual para o dia 28 de maio.

Ednaldo Batista destaca que o grupo espera que o encontro seja presencial para que o Tribunal informe de que maneira vai pagar essa defasagem. “O tamanho da dívida é de mais de 25%. O Tribunal deve justificar por que não pode pagar e apresentar uma contraproposta”, avaliou o presidente da Apatej.

Uma nova assembleia geral foi marcada para o dia 28 de maio, às 13h, novamente na Praça João Mendes, em São Paulo, para avaliar os rumos do movimento.