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Livro fala sobre modificação corporal

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Obra aborda aspectos históricos e sociais  / Foto: Divulgação/Go Carvalho
Obra aborda aspectos históricos e sociais / Foto: Divulgação/Go Carvalho

Leandro Conceição

O livro-reportagem Corpo ao Extremo – A nova face de uma cultura modificada (Editora In House), das jornalistas Nathalia Abreu – ex-repórter do Visão Oeste – e Priscila Soares, é considerada a primeira obra do gênero a abordar jornalisticamente a cena da modificação corporal ‘extrema’ no Brasil.

O livro mostra um pouco do cotidiano, como são vistas e como se sentem as pessoas que alteram seus corpos por meio de intervenções levadas a um nível mais extremo do que os já conhecidos e popularizados piercings e tatuagens.

Ex-repórter do Visão Oeste é uma das autoras

A obra surgiu como um trabalho de conclusão de curso na faculdade de jornalismo. “Sempre há na mídia abordagens vagas sobre a modificação corporal, sem muita pesquisa, aprofundamento”, avalia Nathalia Abreu.
“Nossa maior preocupação foi tratar o tema com seriedade e distanciamento e passar conhecimento sobre as práticas, a questão do preconceito, entre outras questões principais, tanto para pessoas leigas neste assunto quanto a pessoas inseridas no meio”, afirma.
Nathalia Abreu explica que “a maioria das práticas na verdade nada mais representam do que releituras, adaptadas à nossa realidade e aos avanços tecnológicos, do que já era feito em sociedades primitivas, como alargar lóbulos, septos e lábios, e a suspensão corporal”.

“Significados”
Ela lembra que iniciativas como pintar o cabelo, colocar silicone, também são formas de modificação corporal. “Muitas vezes são práticas até mais agressivas ao corpo do que algumas modificações que falamos no livro. O gosto das pessoas muda e o que é bonito também. Isso vai se adaptando com o tempo, sem que a gente perceba”.
Fã das modificações, a jornalista por enquanto só tem alargadores na orelha. Nos planos, “algumas tatuagens”. “As alterações corporais que ainda tenho em mente são um processo que quero levar com calma e dedicação. Os significados para mim são muito importantes”.

DIVULGACAO-14Adeptos ignoram o preconceito da sociedade

Nathalia Abreu avalia que, em geral, a sociedade ainda não está acostumada e discrimina os adeptos da modificação corporal. “Entretanto, essas pessoas não costumam se importar com julgamentos pré-concebidos ou olhares reprovadores nas ruas”.
Sobre o preconceito no mercado de trabalho, a autora analisa que “pode atrapalhar, mas na maioria das vezes quem modifica o próprio corpo de uma maneira mais extrema sabe o que está fazendo, as implicações que pode ter na vida profissional”.
“Você pode perceber que muitas destas pessoas trabalham dentro da própria modificação corporal, com piercing e tatuagem, por exemplo”.

Saiba mais

Corpo ao Extremo – A nova face de uma cultura modificada
Editora In House – 146 páginas
R$ 31,90

Pode ser comprado pela internet nos sites de livrarias, como a Cultura

facebook.com/LivroCorpoAoExtremo