Gabriel Henrique de Oliveira Souza, de apenas 1 ano, morreu após dar entrada em estado grave em um hospital de Osasco. A família aguarda o exame do Instituto Médico Legal (IML) para saber a causa da morte, mas a polícia foi acionada após suspeitas de que a criança pode ter sido vítima de suposto abuso sexual e maus-tratos.
De acordo com reportagem exibida no “Cidade Alerta”, da Record TV, a médica responsável pelo caso apontou entre as prováveis causas da morte crise convulsiva, desidratação, choque hipovolêmico (quando se perde grande quantidade de líquidos e sangue e o coração não consegue bombear o necessário para o corpo), maus-tratos, insuficiência renal aguda e parada cardíaca.
O bebê foi levado pelo pai à uma unidade básica de saúde em Osasco, mas devido à gravidade do caso, foi transferido para o Hospital Antônio Giglio, onde teria chegado apresentando febre, vômito, diarreia e convulsão. Gabriel foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dia 2 de fevereiro, lutou pela vida, mas não resistiu e morreu dois dias depois.
O bebê, que morava em Cotia, é fruto do relacionamento de dois anos entre Carla Renata de Oliveira e Erivaldo Souza. O casal estava separado há 4 meses e, desde o início de janeiro, a criança estava sob tutela do pai. À reportagem, a mãe de Gabriel conta que foi impedida pelo ex-marido de ver o filho. “Durante um mês, eu não tive contato com o meu filho. Só fui ver o meu filho na UTI, já morto”, afirma Carla.
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Carla diz que o pai da criança a procurou para contar que o bebê foi internado após ter caído da cama e bater a cabeça. “Quando eu cheguei no hospital, a primeira coisa que a assistente social fez foi me chamar em uma salinha e falar que o meu filho tinha sido abusado e que tinham maltratado ele. Aí, ela me levou para ver o meu filho todo entubado. Quando eu fui conversar com a médica, ela também disse que ele foi abusado e que a pessoa que fez isso maltratou muito ele”, lamentou a mãe, aos prantos.
O pai de Gabriel é caminhoneiro e afirmou à polícia que contratou uma babá para cuidar da criança enquanto trabalhava. Por telefone, o pai do menino, que afirmou estar na Bahia à trabalho, disse à reportagem que não percebeu sinais de agressão na criança. “Eu escolhi essa pessoa pra cuidar dele porque essa pessoa é da minha confiança. Ele estava bem, mas quando foi sábado, eu peguei ele, dormiu comigo e acordou com febre. Aí, levei ele para Osasco e o Biel já não voltou mais”, disse Erivaldo.
Abalada, Carla Renata implora por justiça. “Eu sei que não tinha condições de cuidar dele, mas ia cuidar bem melhor, não ia deixar meu filho com estranhos, nunca ia deixar o meu filho passar por isso”, finaliza. “A gente quer que esse laudo saia logo para ter provas e lutar por justiça”, diz uma tia do bebê.
Na reportagem, a mãe de Gabriel afirma ainda que Erivaldo chegou a apontar o marido da babá como suspeito do suposto crime. Além do pai e da mãe, a babá também deve ser ouvida pela Polícia Civil, que segue com as investigações sobre o caso.