Com máquinas desligadas, em protesto contra o projeto que permite a terceirização nas atividades fins das empresas, em tramitação no Congresso. Foi assim que começou a quarta-feira, 15, nas principais metalúrgicas de Osasco e região. A mobilização reforça a posição do Sindicato que é contrário à medida que reduz os direitos dos trabalhadores.

Durante assembleias em diversas empresas, como Aisin, Mecano Fabril, Alka 3, Delphi, Budai, os diretores explicaram o posicionamento da nossa entidade, que há anos batalha para manter a terceirização distante da categoria.
“Lutamos contra a precarização de nossas conquistas, e agora a batalha não poderia ser diferente: somos contrários a terceirização na atividade fim, somos contra a qualquer projeto que retira direitos dos trabalhadores”, ressaltou o diretor Alex da Força.
“Expansão da terceirização não será boa para ninguém”
“Não podemos permitir que uma Lei acabe com tudo que temos. Não é preciso ir muito longe para saber o quanto a terceirização afeta os direitos trabalhistas, basta conversar com aqueles que trabalham na faxina e como segurança para termos uma ideia. Nunca ouvi alguém dizer que é feliz por trabalhar em empresa terceirizada”, disse um metalúrgico da Aisin, em Alphaville, que participou do ato.
Na terça-feira, 14, a secretária do Trabalho de Osasco, Mônica Veloso, secretária-geral licenciada do Sindicato, fez questão de participar de assembleia sobre o assunto na Conformetal, em Osasco. “Já há um problema para os 12 milhões de trabalhadores, que são contratados por empresas terceiras, os quais sofrem com precarização e rotatividade. A expansão da terceirização não será boa para ninguém, por isso temos que defender nossa Convenção Coletiva, nossos direitos, nossos salários”.
Além da rotatividade, salários baixos e jornada de trabalho extensa, a terceirização ainda pode comprometer a aposentadoria dos trabalhadores. “Nestas condições, [devido a rotatividade] as pessoas não conseguem se aposentar, ou vão levar mais tempo”, explicou Mônica, que também está tratando deste assunto em suas reuniões com empresários e sindicalistas da região oeste.
Para aumentar a pressão contra a terceirização nas atividades fim, na tarde desta quarta a diretoria do Sindicato vai se juntar a outras categorias na Avenida Paulista. Aos quatro cantos do país, trabalhadores de diversos setores também protestam contra a PL 4330, que regulamenta a terceirização em toda produção.