William Galvão
O futuro novo Aterro Sanitário de Osasco ganhou mais um capítulo. Estudo de impacto ambiental do empreendimento está em análise pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), do governo paulista. O aterro deve ser construído ao lado do atual (que será desativado), no Jardim Açucará, e poderá gerar energia.
“Aterro poderá gerar energia”
Se o documento for aprovado, a Cetesb vai emitir a licença prévia, primeira etapa que atesta a viabilidade ambiental do aterro. De acordo com Rogelio Linares Neto, superintendente da EcoOsasco, empresa responsável pela construção do aterro, para que a obra seja iniciada ainda será necessária a licença de instalação. Além disso, para o funcionamento, uma licença de operação.
Ele afirma que “assim que o novo aterro tiver ordem de funcionamento, o outro [atual] já é desativado”.
O atual aterro está em funcionamento desde 1989, com estrutura já ultrapassada, segundo especialistas. Ele recebe 650 mil toneladas de resíduos por dia. “A tendência é diminuir esse volume em cumprimento da lei de resíduos, com a coleta seletiva, que a Prefeitura pretende atender 100% do município”, conta Neto.
Na estrutura do novo aterro está prevista a captação de gás metano, para uma possível geração de energia limpa. “Será feita a captação. Agora, a geração de energia tem um custo elevado, teríamos que vender essa energia na cidade. Essa parte ainda está em discussão”.
A assessoria de imprensa da Cetesb informou que ainda não há previsão de quando será emitida a resposta da análise para a liberação da obra do novo aterro.
68 famílias devem ser removidas para obras
A situação de 68 famílias que moram no entorno da área onde será construído o novo aterro tem sido um dos temas de discussão constante. Segundo o secretário de Habitação de Osasco, Sérgio Gonçalves, elas serão removidas do local pelo programa Bolsa Aluguel e depois atendidas em projetos de moradias populares.